17 de abril de 2015

Saudade de nada,
Saudade de tudo
De um nada que parte
De um tudo que não se viveu ainda...
De tão somente se sentar
Num banco vazio
Numa praça qualquer
Onde somente ouve os pássaros
A cantar uma canção
Que do nada se faz algo
Que de tudo se faz partir
Para nunca mais voltar,
A solidão que ficou
Ali onde esteve sentada
Olhos ao horizonte
Ouvindo os pensamentos
Que transformam, que realizam
Tão somente aquilo
Que um dia desejou a alma."
"Toda vez que é noite, um sonho sem sono vem tocar a minha janela. Abre sem pedir licença, e trás o vento uma sensação estranha. Esta de existir por fora e não saber o que se passa por dentro! È como um enredo, uma história que não se vive o tempo inteiro. Daí chega o sono e invade o sonho, começa-se a ir além-do-além e realizamos sem querer um evento do inconsciente. O que amamos tanto que nunca nos deixa partir, sentir, viver o princípio de uma arquitetura que planejamos antes de estarmos juntos? Que tanto nos prende que parece que nunca vamos alcançar o ponto mais elevado monte? Em um instante, muda o sonho... Porque muda o vento, num segundo, muda o mundo, porque trás de dentro a realidade. E no fim de tudo, se descobre;
                                    // "Não se sopra as bandeiras, mas se direciona as velas."
"Uma ideia do que se pode tornar real. È a reciprocidade daquilo que antes de viver, se imagina!"

14 de abril de 2015

6 de abril de 2015

"Enluarada solitude,

"Delira o vento que sopra
Trazendo maldições aos olhos
Que de mundanos, se estreitam
As ilhas e becos escuros
Uma sensação de ter vivido antes
Isso que passa aqui, não acolá
O além-do-além saltitando
Sobre telhados silenciosos
Onde dormem abaixo as crianças
Sobre trevas que trazem os pensamentos
De seus ancestrais, que pouco cuidam
Deixam, abandonam e perdem
O sentido da vida, os olhos suscitam
Vagueiam os passos para lá de cá
Onde corre um pensamento
Solitário que de pouco a pouco, vai se achando
Em pedaços de griz de uma calçada qualquer
È que estar só, vive-se o impossível
De nunca falar o alheio das rodas
Mas pensar com o coração e ver com a mente
Falecendo as ternas ilusões
Da vida que nasce para a morte
E partem todos os medos e temores,
E vai sempre além-do-além
O funeral de um dia que se vive
Dando luz a noite que nasce
Novamente uma flor, que também morre
Num jazigo acinzentado frio e mórbido
Mas lá, onde se vai a espreita da solidão
A flor que nasce, perfuma, estampa
Um campo vasto de criações
Que somente por si só, se pode realizar."
           Uma noite enluarada//

1 de abril de 2015

Penumbra a noite um silencio
Palpita a lua, um outro sonho
Tão distante que me perco
Daqui d'onde sou pequeno
Feito este orvalho que desliza
Por entre as folhas verdes
Que escurecem as trilhas
Aquecem um corpo a meio fio
De um tempo esquecido, 
Apenas um mero sonho
Que desperta as ondas mudas
De um lago surdo e mudo
Que alumia a sombra das estrelas
Refletindo tão somente
Aquilo que há no profundo 
E não pode trazer a realidade,
Até que então, desperte."

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...