31 de dezembro de 2016

"Sim, muito se passou, até aqui
e agora a engrenagem, gira, roda
dispara e encerra mais um círculo
do qual passamos, como tudo passou

Em dias e horas, em altas marés
diversos segundos, e devastantes tempestades
que nos soaram o medo e nos deixou
em casa para refletirmos em nós, o que somos

Estas reviravoltas, em desastres que não mudam
antes eu tivesse esquecido de estar, viver
fazer como quem se quer compreende, e fluir
como furioso rio que rasga a terra e vai pro mar

Seno eu meu leito de origem, estaria acolá
a mover os momentos e nada estaria perto de mim
senão aquilo que nos faz bem, como mares de bens
deixando a deriva os pesadelos, transeuntes alheios

Não é o fato de acabar um ano, que nos envelhece,
mas cada dia que se esvai, e deixa
em nós a certeza de que crescemos, e pouco somos necessitados
de tudo quanto fazem igual, sejamos diferentes,

Indiferentes ao mundo decadente,
Não há festas, mas depravações...

26 de dezembro de 2016

Deixe-me entender este seu caminho,
Ver-te pelos passos, e amar-te pelos defeitos
Que expressam teu ser profundamente,
Assim se faz existir teu interior, declina...

Teus pés as rochas, e faz existir
Um aroma, chamado também, coração
Inspira os medos, e faz-me ir,
Sempre além do que dizem ser

Porque em mim, tu és, fonte real
É desejo contido sobre mim, para as coisas
Que passam e deixam falhas,
Porque meus pés, são vida que inspira

E me guio pelos teus passos, Soberania
Como tal divindade que em meu ser,
Faz-me crer que além de mim, há outros
E vivo, desperto como um rochedo alto

Que supera os descaminhos, e se encontra
E morre sempre para os ruídos, pois prefiro ver-te
Oh vida! Divina ...
Sou teu sonho, assim realizado.

22 de dezembro de 2016

Incrível esta paragem do tempo,
Em meio a este silêncio, e falas
Em meu coração, que se quer tem palavras
Uma mera demonstração, teu olhar

Ouço teu fluir, dizendo me amar
Deito-me ao teu peito, e me silencio
E todos os medos se partem
E vem teu coração falar ao meu

Acalmando minha tempestade interior
Não, a alma não se agita, e nem quer atenção 
Destas coisas que me fazem duvidar, te espero
Diante destes rochedos, que findam a noite

Não te quero feliz como este regaço de flores
Mas triste, para eu te ver, te notar
 E interiormente conhecer-te, sem notas
Sem dúvidas destes turbilhões

Deixe-me quebrar estes rochedos
Que te assustam, e me deixa te ver pelos defeitos
E deixa-me silenciar o mundo em ver-te só,
Para minha ser, e me realiza, sem te conhecer!

17 de dezembro de 2016

Uma onda, leve onda de um vento
Solstício, que percorre este campo
Vasto, onde me perco, e acho o que se perdeu
Nada em mim, é segredo, mas sou mistério
 
Estranho este modo que vejo isso passar
E passa por mim, uma borboleta
Verde, lilás, em vida sem flores
Pousa, mas logo parte feito o vento
 
Que em mim veio, mas se foi também
Como venho e me desfaço,
Um rio que corre, vagamente em meus pensares
Que desenham um mundo, silencioso
 
Distante e alto destes muros, que cerca tudo
Tudo como pessoas, a fingirem os sentimentos
Me despeço e canto feito um pássaro,
Em poucos versos, que fazem canção
 
Não desse amor, que paira sozinho
Fingido e sem sentido,
Mas por este coração, que mais sente
Do que fala, e assim, vive plenamente,

13 de dezembro de 2016

Tende-se-a atrair, descobrir
Por pessoas que se vestem
Fingem ...
De roupas diferentes
È só isso que muda."...
Meu fascínio de
Sair dali, era mera ilusão
Eu estava preso a meu fascínio,
Me desprendi ...
Foi aonde eu nasci, longe
Descobri ...
O mundo, é uma ciência sem explicação."
 
Não, nós nunca falamos sobre os números
E sobre o três, ora, eu nem sei o que dizer
Mas pressinto isso, como um incomodo,
Que agora desce e transforma o nada em algo
 
A sensação do vazio, em mais belo poema
Não de amores perdidos, e paixões destruidoras
Mas falo disso, como quem vai escrevendo
Deixando verso a verso, formar um legado
 
Correndo por estas trilhas, por entre as folhas
Molhadas e secas, ouço o chiar das árvores,
Isso enquanto corro ao encontro de mi mesmo
Cada gota que escorre sobre as folhas
 
Entoam uma canção, inda que eu não ouça,
Estão lá, uma por uma a formar ruídos
Sobre mim, escorrem gotas libertinas e titânicas
Não de prazer pela mulher do outro lado
 
Mas pelo prazer em existir e dar-me
As necessidades que em mim há,
Acontece que sou tudo para mim,
Nada para ninguém, existo e julgo a natureza, minha.

4 de dezembro de 2016

"Porque nunca será possível,
que nosso impossível, desvende-se
Derradeiro, sem acontecer
Revelou-se no pensamento,
Agora exterioriza um movimento...
E então, ele acontece, num instante
Onde o impossível, realiza-se
Nos interiores mais profundos."

3 de dezembro de 2016

"Nada, nada se compara a isso,
Que me faz chorar, assim sem razão ao ver
Porque nada do que vejo, faz-me sentir
Isso, que de tão grande, faz todos duvidarem
 
Esse silêncio que chega e dá-me respostas
A tudo quanto confunde, e faz-me se perder
Mas hoje me encontro aqui, diante disso
Disso que faz-me vivo, e revela-me
 
Que antes de mim, há os outros
E posso viver melhor pensando neles
Não só em mim, porque o mundo,
Não giro apenas em torno de mim
 
Isso que vem formando meu olhar, traz- me certezas
Certezas de que não são as mulheres, minha fonte
Não são os tesouros materiais, que torna-me isso,
Que sou, bem, quase nada sou, apenas existo
 
E nisso, a minha única verdadeira razão é acreditar
Que preciso ser o silêncio quando há tumulto,
Que preciso me calar, quando me falam
E preciso estender as mãos, a quem me fez cair...
Cala-te pelos olhos, e sente os ouvidos
E paira os passos, mudos sobres os cantos
Numa fração de segundos, o que muda?
Que canção tocam as aldeias distantes?
Mudo o criado, que de longe transpira...
Calado e imóvel sobre este canto quieto
Pois tão somente observa tudo que passa
Soa a impressão, mas nada é, porque passa
A impressão do vento sobre esta janela paira
Que nada mostra, senão teu altar para a vida
E nada é real, até que seus olhos o vejam."

30 de novembro de 2016

" Sempre achei mais simples escrever
Em um pedaço de folha qualquer
Pensando em algo que poderia ser
E nunca chegava, mesmo vindo as estações;
 
Não me estranho em sentir
Estas batidas alteradas, no coração
È como uma fonte que desce rio abaixo
E dá-se ao mar brando em tuas ondas
 
Sempre sabe onde vai chegar,
Portanto some sempre a eira das praias
Onde os passos somem, a cada chegada
Pois a ida, nada permanece para sempre
 
È como aquele rio que nos falam
E que dentro de nós, flui para o mar
E nunca se perde por tuas águas,
Mas se misturam, formando um só
 
Nada nos falta, quando pensamos
E percebemos o coração saltar
Sobre estes abismos, que transformamos em vida
Quando desejamos o amor, em dois tempos
 
...Para ser um só Ser."

24 de novembro de 2016

"Sobre e por diante de todas estas coisas que vejo. Sou pequeno para compreender, quantos anos tem exatamente estes arvoredos. Mas por estas mãos pequenas, que colhem os limões acima de mim. Faz-me compreender, que é dessa forma que se pode alcançar a realização dos impossíveis. Não questionando e buscando respostas naturais. Mas dedicando meus passos, a chegada final de uma etapa, para idealizar a aproximação do Invisível intocável, que sozinho podemos realizar."

23 de novembro de 2016

“È raso como as águas de um rio
Sobre tua superfície, que escorre
Por entre os nichos de ondas que se desfazem
Sobre tuas eiras arenosas, que findam
...
Faz-me relembrar um estado
Do que deixei, por não acreditar
Mas veja só, estas entradas
Escuras, frias, que se distanciam
 
Não pertencem a nada e nem há ninguém
Estão aqui, diante de mim, para mim
Escorre a gruta teus orvalhos e só ouço o tilintar
Nada, além disso, como um relógio a badalar
 
Mudando as horas, mas não o mundo,
Sobressaltam as folhas e surge a meio fio,
As cortinas da vida, como um enredo escrito
Pelo nosso olhar, trazido do pensamento
 
E vem chegando nova estação,
Como um trem sobre os trilhos, vagamos
Para onde bem queremos, quando não há
Nada e ninguém, que nos invente
 
Somos estória, e movemos o mundo
Não para nos movermos, como se falam
Somos meretrizes, e as cores,
Que há tudo dá um nome.”
 

22 de novembro de 2016

"Sabe quando retemos o instante,
De nada querer fazermos, apenas se sentar
Sentir o vento passar e olhar a paisagem muda
Que nunca reclama, e nos ama, porque estamos ali

E fazemos dela parte dum todo, mas as vezes retemos
O instante, para notarmos nós mesmos,
E nos permitirmos, sossegar enquanto o mundo acontece
E fechamos os olhos sobre o enredo da vida, descansamos."
"Em alguns minutos, o dia morrerá, e nascerá a noite. Portanto, não há o que temer, quando as estrelas se mostram e a noite vem. Somos parte de tudo, e dessa forma, escolhemos o que viver diante das mudanças. E mediante as alterações da vida evoluímos, nos mantendo crianças, que sabe que há medo, mas tão somente para aqueles que não arriscam viver a vida, como ela é. Não como dizem. Devemos dar importância para nós, no sentido de não ser o que o mundo quer que sejamos. Assim, podemos nos aproximar dos que temem viver, e direcionar as bandeiras, e nunca soprar ao vento. Somos os grãos da vida, e se por nós, o tempo passa, aceitemos o envelhecimento como uma dádiva nos oferecida por Deus. E não há porque temer a morte, já que um dia naturalmente pelos nossos feitos, aqui, agora, sobre o que ontem fizemos e desejamos para hoje, e então, a teremos, pelo merecido descanso de nossas al

21 de novembro de 2016

"Ora, porque o poder, não é conduzir o fraco e enganar o desentendido. Ora, a sabedoria, não é conhecer um pouco mais do que o outro. Pois poder, é evoluir com todo respeito, para que naturalmente, não te julguem, por nada. E sabedoria, não está em ser melhor, mas ensinar aquele que necessita também aprender."
"Tenho todas estas abalações em torno de mim,
Mas sinto mais o vento que deixa a noite deslumbrante
Porque tuas estrelas, vão além do véu das ruas
Que se enfeitam e desmentem as verdades

Note o brilho que vai além destas estradas
O horizonte que alto parece impossível tocar,
Reflito tua existência, em estar ali
Em torno de mim, vira possível, pois existe

Assim, são os pensamentos, nossos
Pequenos e superficiais, mas quem nos dá?
Senão a voz interior, que nunca falha,
Também imperceptível, pois não assistimos ela

Mas sentimos, então assim, está certo
Como a noite majestosa, não assombra
Porque é escura, porque há uma luz do outro lado,
Mas só avistamos, se deixamos estes rastros da violência

Abandonemos as noticias que afligem, alertam
Mas, apenas o que antes foi, e amanhã será
Só que nós, em tudo, desfazemos os nós
De tudo quanto cria abalações, e passa despercebidas

Contemplemos a lua em sua formosura
Sentemos e nos calemos em meio ao silêncio,
Para ver a vida em sua formação, o vento
Como em tudo toca, mas em nada fica."

"O fato é; Precisamos acreditar antes de tudo em nós. Justo para que em nós, não caiba a tristeza da decepção, associada a mentira. Porque se vivemos uma verdade, jamais seremos enganados."
. Aquieta este ser, e tenha calma
Pois tudo vai bem, como águas dum rio doce
Que se despojam sobre os rochedos, e descem
Abaixo das pontes que teus olhos veem...
Não espreite mais estes pensares

 Que te pesam o sorriso
Estas águas não podem levar teu ser
Intocável que lhes faz mulher, essa menina
Teus horizontes, longínquos esquadrinham

 Cada um de teus sonhos, faz chover
D'outro lado, quando há sol aqui deste
Que está, a companhia das riquezas
 
Como as folhas dançam, e ritmam as ondas
De um profundo mar, sem segredos
E sua superfície clareia o céu, naturalmente
Como vemos e não o é, e este silêncio
 
Que vem e nos fala ao coração,
Sem ter como explicar, deixa ir o sonoro
Que o mundo cria, a deixa a demonstração
Do olhar que alcança a graça em viver,
 
"E ter a certeza da realização,
Da vida para tudo quanto há
E acalma as tempestades
E dissipa os medos." ..
"A pratica daquilo que nós aprendemos em benefício de nós próprios, é o significado de que nos ocupamos em crescer de dentro para fora. Não oprimirmo-nos a respeito do que vem de fora para dentro. É necessário que por si só, elevemos nossos sentidos, abandonando tudo ao redor. Pois praticando o que aprendemos, deixamos de ter uma visão periférica e criamos a realização da alma, para todos os impossíveis, realizar."

20 de novembro de 2016

"Porque elevo minha alma,
Sobre estes altos muros,
Dos que falam baixo, contendem
Confio no invisível, porque Ele é

Tenho sabido que estes caminhos,
Dos que todos seguem, são iguais
Dos que se perdem, por entre atalhos
Mas tenho aprendido, que há veredas

Das que não se sabem os homens
E isso, faz-me guardar a sinceridade
De meu coração, para alcançar uma cura
De liberdade em ser alto, como um monte

Que move olhos, não curiosos,
Mas que buscam encontrar,
O que antes estava perdido em mim,
Surgiu sem eu notar, uma esperança

Não só um desejo de estar aqui, escrever
Isso nada é menos do que tão simples, escrever
Mas é como notas que toco sem notar
Porque tenho uma mania de crer, no que não vejo

Por isso, não há o que temer,
Senão a mim, quando quero parar
Mas eu continuo, persisto, não no que dizem
Mas no que desejo fazer, e ninguém conhece.
"Não, não são as luzes da cidade
Que nos guiam e nos levam
Onde queremos e devemos chegar
A sua força, não está nos teus braços

Mas no alcance deles,
Pode o mundo desabar, você permanece
Só que pouco sabe, sobre a vida
Pois vive o que vê, não o que sente

O coração pode ser enganoso
Mas não ser o que queremos ser, é ser mais
É calçar o eterno, pois somos amados
Desde a fundação da terra aos teus confins

Não é o amor dos homens, que nos transforma
Mas o amor, de quem nos fez, Deus!
Veja as ondas, e tome o fogo desta paixão
Que move os mares e faz nascer riachos

De nada sentimos falta, senão do lugar
Aonde o tempo não passa assim,
Derradeiro como a vida, deixa a música calar
e ouça teu coração, sobressaltar o mundo."

19 de novembro de 2016

"Pés descalços, sobre as areias
Dum tempo que por nós passou
Mas vemos nesses olhares,
Melindros e enraizados ao tempo
Que se foi, por entre nossos dedos...
Voltamos e seguimos estas pequenas
Pegadas sobre a casa contida
No espírito que aflora o crescimento
ímpar de dois nomes, reais,
Mari & Manu, duas imagens, dois sonhos, feito um
Momento, inesquecível, como a chegada e em mim,
Mas em mim, existem, além destas linhas
Pois fazem nascer o poente do poema cantado
Vivos pensamentos, que me tiram daqui
E me levam para onde um dia eu fui
Pequeno, como ainda sou, e distante
Dos destroços que sujam e matam os sonhos
Se são pequenas, e eu grande, porque me aproximo tanto?
Porque sou assim, pequeno como elas,
Só que esta alma, aceita estar inocente,
Justo para que brilhe como teus risos
Floresçam, Mari e Manu, como flores silvestres
Que não podem ser colhidas,
Mas vista, e pouco tocadas, como alvo
De todos os sonhos a realizarem,
Vistam-se os campos, e cheguem as estações
Estarão lá-além-do-além, a fluir como dois rios
Que se dão ao mar, para formar ondas
E mover o tempo, e até que cresçam, enraizaram
A vida em sua volta, como quem sabe
Que a felicidade, está em existir, e não inventar alegrias."
//...À Mari & Manu,
"Desvia-me das sombras tua companhia
Faz florescer um vasto campo,
Onde dançam as Camélias, como se fossem teus passos
Direcionados ao cais longínquo
...
Do que me faz te alcançar sem entender,
Ao certo d'onde vens, com este jeito?
Que faz sobressaltar estas linhas
Pouco a pouco, dando-te formosa espessura
 
Uma tela vívida e encantante
Tornando o momento quase irreal,
Mas há nele uma condição de felicidade
Escondida, oculta, vitral que faz pairar
 
Todos os sentidos pelo instante
Desta bela, que de suas "Le-dices,
Plaina meus pensamentos, paira tudo
Sobre esta ponte, que nos separa
 
Te vejo, neste cais, não alcanço,
Mas a tenho pelos meus olhos
Atentos, a cada curva desta estrada,
Que me perco, e me acho neste brilho
 
Que há em seu olhar, Lê sobre isso
Faz novamente nascer em mim,
Não o engano da paixão, mas a existência
De uma ensurdecedora inspiração."
 
E aqui, não é o fim...

18 de novembro de 2016

"Porque para os olhos, nada é uma novidade. Mas o movimento que nos carrega o espírito, nos fortalece de forma que; Despertamos os sonhos em nós, para realizar a vontade de quem nos criou. Ou simplesmente ficamos e passaremos, como todos são, pó e pensamentos alheios."

15 de novembro de 2016

"O espaço entre o tempo, são diferentes de tal forma, que as vezes tudo passa sem que percebemos que nas coisas mais simples, estão as mais impressionantes, não pelo que vemos. Mas pelo que nos faz sentir! Escrevo como quem pensa estar certo, já que nem sempre basta o gesto, pois das palavras, nascem eles. Como os riachos, e as pontes que nos levam as estradas que pretendemos trilhar. Nunca queremos ser nada além de um algo diferente do que tudo diz, nasce uma esperança em meio a chuva que invade a tarde. Porque as conclusões dadas, não nos são caminhos, mas aceitações. Melhor que nós nos entendemos e compassivamente, mostremos que somos o silêncio, quando tudo flui como turbilhões devastadores. Deixe que o vento carregue as folhas, e mostre a trilha a seguir. Sobre qualquer curva enfeitada, engana-se os olhos que desviam da luz que há somente nos altos céus. Navegamos, e vagantes, nos descobrimos forasteiros. E longe de tudo que nos consome, encontramos paz em silenciar os pensamentos, e criar um gesto. Não tinha sol, mas desenhei teu sorriso como um brilho igual.
Tenho o corpo cansado, 
mente submissa.
Mas um coração que 
palpita um lindo amor, 
que tanto passou por mim, 
mas nunca o falei, 
porque ele sempre, 
o vento a me levar 
os olhos direcionados, que se perdiam. 
Mas um dia, eles viram novamente 
aquele sorriso que brilha 
e faz bater as vitrais da alma, 
falo do amor, não pelo toque ousado, 
mas pelo calor que dá 
a cada batida do coração, 
é como se desfaz as sombras, 
e vem nascendo a luz, 
aquela que emana a tranquilidade, 
em decifrar o poema 
que antes esteve escondido, 
guardado, e agora toma forma, 
ganha vida! 
E não há nada lá fora, 
que me importe tanto quanto 
o que está aqui dentro. 
Interiorizo o ser que há em mim, 
para que não me engane os olhos. 
Sobre o decote de uma mulher qualquer, 
ou as findas curvas que poderiam 
me fazer se perder, 
é o sorriso que desenha teus lábios, 
que faz-me ver tua alma, 
quando você por si só, 
se perde nas palavras. 
Não são os carnavais, ou, 
as cores que me encantam, 
mas o modo como trata o instante.

14 de novembro de 2016

"Nos entardeceres das noites, sonhamos, porque entregamos o respirar ao silêncio de que só a alma pode apreciar. Um encontro entre o que nos real e o que nos faz pairar as vezes, ao abismar do pensamento que se lembra do que sonhou, e tampouco vivemos. Há sempre uma voz que nos palpita, o que fazer. O coração enganoso, desenhando um pensamento. Ora, sejamos calmos ao encontro da vida, porque nada nos pertence, e tudo quanto há lá fora, nem se quer nos pertence. Voar, não significa plainar sobre as estrelas, mas olhar para elas e ver tua forma simples a brilhar, não há pontas naquilo que se formou antes do homem pode dar um nome. Um infinito aeon, costumado aos derradeiros da vida, choramos, porque descobrimos que somos movidos pelos sentimentos, mas abandonemos as emoções e volvemos o sentido da vida para o "Não. Para o deixar, deslizar sobre os males e levantarmo-nos sobre as ruínas, caminhemos ao vento, Sejamos a nota que entoa a mais bela canção, e em meio ao furor da aflição, o encontro com a esperança, da que abrimos só de sermos despertos ao amanhecer do dia. Pois a chuva é o sinal de que o sol, está porvir. E nós como o porvir, sejamos a semelhança daquilo que desejamos tão profundamente e ninguém conhece!

10 de novembro de 2016

"Porque assim, por tudo que vejo, faz-me se perder. E então, caminho pelo que sinto e desejo viver. Não ao sobrepor das sortes que nos arriscam aos abismos. Mas sobre a quem tenho crido, tenho realizado os anseios do meu espírito. E então, sigo em frente, sem temer a escuridão, pois MEU redentor, VIVE, e torna-me invisível aos males da existência, suporto, passo, glorifico, porque inda que nada Eu tenha, nele descanso. E encontro a paz, que pela tua Graça, me anima em não agradar ao mundo e as pessoas. Porque olho em volta e nada vejo, e então, quando noto as coisas que são lá do alto. Aprendo, que tudo continuará sempre a mesma coisa, como antes foi e será. E nada muda, se eu não mudo!
             

5 de novembro de 2016

 "Assim, tudo soa como um devasto vento. 
Corrompe, assusta... Mas passa, de certo."

1 de novembro de 2016

"O fato é; quanto mais se pensa ver, com mais facilidade poderá ser enganado. Portanto, conduzirdes bem o teus espírito, para que não engane o corpo pelo desejo e a mente pelo teu coração. Então assim, não vivas pelas coisas visíveis, mas invisíveis, para que compreenda o sentido da existência. Em não ser apenas um, ou apenas mais um em meio a multidão. Cuide bem de tu'alma, para que não sofra em dias inefáveis."

20 de outubro de 2016

"Espreita-se a todos os instantes os medos, que assolam os pensamentos
Como sombras e vozes simultâneas das que ouvimos de longe, e passa
Não são as dores, que podem tanto nos limitar, pois coragem, 
Não se trata daquilo que nos prende ao que pensamos
Mas sim, do que evitamos fazer desfalecer a vida em seu meio modo...
Visível aos olhos, mudando o sentido da ilusão, para a realidade,
Conhecida como, Espírito. Via dolorosa é a vida, mas profunda 
Em sua constante realeza, que para nada que se possa ter ou ver,
 vale se render."
"Porque nenhum corpo pode sentir alma
Sem que a alma, esteja viva
Para que torne o corpo, um movimento
E a vida, uma história que tenha sentido
Diferente do que tudo é, e assim como fazem,
Por si só, compreender a vida além das tragédias mundanas
Viver, é acreditar que nada do que vemos
È justo para a alma que cuida do corpo
E jamais maltrata o seu próprio coração."

17 de outubro de 2016

"Um devaneio suspenso,
Contido em pensamentos
Extremos, tais incontroláveis
Desmedidos, não meus
      (...) Vagantes  (...)
 Por si só, mudamos de canto!"

6 de outubro de 2016

"Não são as razões que encontramos, para sugerir o que vamos viver. Mas tornamos a nós, as naus das que nos torna a própria razão da existência. Deixemos os maus ventos, e naveguemos aos braços cansados, pois nossas pernas nos sustentam tanto que se deixamos o que nos dizem, realizamos tudo sem mesmo precisar sonhar."

Assim, como pode ser tão assim? Se nem sei d'onde vens?
Diante dos espelhos, que nos refletem, tão certo como somos, e nunca erra por se quer pensar. Tão assim, como o tempo nos chega, inesperadamente, e nos surpreende, é como por si só parar e reparar que vida há em toda parte. E tudo torna-se igual, se com os próprios olhos, não moldarmos aquilo que nos incomoda. Assim, como o dia se dá para a mais bela noite, inda que chuvosa, e então toda escuridão se dissipar para gerar luz, porque nunca poderá haver trevas sem luz.
  E são nossos olhos, tão assim, como as estrelas que tão pouco contemplamos.
Surge um som estridente dentro do pensamento, e move um desejo que morto estava. Acende uma luz ao longe e buscamos sem notar o instante que nos estava reservado, sonhamos um momento e vivemos n'outro. Deciframos a razão de estar aqui ou acolá, vivendo aquilo que não sabemos bem como desenhar. Há um gesto que mostra que não precisamos de mil motivos para sorrir e sermos felizes. Basta existir e contemplar a alma, ao invés de cobiçar corpos e curvas. Pois são as estradas que nos mostram quem somos, e cada gesto ou palavra, nos liberta das cadeias, chamadas, pessoas! 

5 de outubro de 2016

      È de um tempo, para um outro tempo.
            Muito se passou, e quase nada houve!
   Mas ouça o chiar do vento, o palpite deste tempo.
   O momento, o agora, este instante. 

7 de setembro de 2016

(Filosofia, o tempo e o espaço, nunca se dividem
o pensamento nos faz estranhar a vida.
Pois quando reparamos, que além de tudo, o mais é ilusão
Ou seja, o mundo é uma mentira, nós não!
Então percebemos, que os mais esforços, são mentiras para sobreviverem
A selva não tem mais espaço no mundo, e o homem, continua se devastando
Tudo morre, tudo passa, e nós ficamos a deriva do descarrilo do tempo
Sopramos o vento, e direcionamos as  bandeiras,
Estar só, não é um mau costume, as pessoas inventam as coisas
E tudo assim passa. Logo chega o dia, e as trevas se vão.
As vezes deixamos de ser, porque concordamos com o errado,
eu faço as pessoas chorarem, porque a verdade liberta
E ninguém pode sorrir o tempo todo!

8 de agosto de 2016

"Esse som afinado que desce
Sobre uma fria brisa noturna
Onde soa cada parte do meu corpo
Debaixo dos cobertores
Sem nada entender
O barulho lá fora, e a tranquilidade
Aqui dentro, inda que soe frio
Um estado apático do corpo
Abandonando os males que nascem
Ante aos pensares que somem
Feito a mesma neblina que nasce
E morre ao novo amanhecer."
"Porque nunca será possível,
que nosso impossível, desvende-se
Derradeiro, sem acontecer
Revelou-se no pensamento,
Agora exterioriza um movimento
E então, ele acontece, num instante
Onde o impossível, realiza-se
Nos interiores mais profundos."

4 de agosto de 2016

Porque o silêncio é uma verdade que pulveriza toda bagunça.
Expressa os olhos e move os sentidos."

19 de julho de 2016

                Porque toda arte visível aos olhos, corrompe e engana o coração.
  Portanto, toda arte encontrada ocultamente, fortalece o espírito."
           

21 de junho de 2016

"Era tudo muito ocioso,
O tempo, as horas, os instantes
Nada mais era do que nada,
Não se podia nem somar
Os dias que se foram e partiram,
Uma melodia que jaz mórbida
Teimava em ficar, insinuar temores
Mudos, onde tudo o que passava
Se desfazia sempre no revirar dos olhos
Era um silencio destemido, teimoso
E nada mais era que um tempo a findar
Um outro tempo, que agora morto,
Não mais ocupará nenhum espaço
Agora o frio mortal do inverno,
Renova cada badalar desse relógio
Que desenha a melodia intocável
Jaz eu um sonho sem igual,
Jaz em tudo um futuro ideal,
Onde nada se mistura, senão o que há
De levar nessa bagagem, chamada Alma."

1 de junho de 2016


Ora, minha pequena!
Não se preocupe tanto em pensar.
Note bem, tudo passa, quanto o vento.
E nada fica, senão nós no instante.
Em que tudo passa, não se preocupe tanto.
Isso tudo, logo vai passar.
E você estará inteira! "E"Talvez eu, em pedaços,
Mas será o que me resta, a continuar,
Não os fragmentos do que antes foi
Não se preocupe tanto, pequena
Chove lá fora, mas o sol, voltará a brilhar.

31 de maio de 2016

   "Pensando bem, faz sentido crer na alma. Quem pensaria tão bem no zero, quanto o saber da sua própria Alma?"

24 de maio de 2016

"Porque cada um de nós somos um coração movendo o mundo. Uma mistura de razão e sentimentos que fazem tudo quanto há, acontecer. Assim, cada gesto de gratidão nos permite ser uma flor que nasce em meio aos alheios e descompassos da vida. Nada é eterno, senão cada gesto que damos em razão da verdade, nos fazendo se sentir verdadeiramente bem."

19 de maio de 2016

# contemplo uma imagem surda e muda. Que mesmo sem o movimento espelha o brilho vitral de uma semelhança a perfeição. É simples tua formosura, um ser intocável, que mesmo em silêncio e d'outro lado, torna o momento estranho, mas inspirador. Faz com que os pensamentos distorcidos se partam e não existam senão inconscientemente. Este instante que vai passar, se eterniza aqui, e então permanecerá guardado como um ápice que destrata os males. Não é uma ilusão, tão pouco amor e se quer desejo ardente de uma mera paixão. É como uma nota musical, que finda para transformar a vida. No mero instante em que tudo paira levemente, tocamos o peso daquilo que em nós não incomoda. Mas carrega finitamente o ar que respiramos, a saudar a vida. Dando sentido aquilo que pouco vimos um dia. Então, a imagem que sonhamos, não seria só um espelho refletido pela alma, mas a existência daquilo que nos move. Presumo o sonho sem sono, onde dormimos, para que a vida ao amanhecer nos traga o vento, á chuva, o sol. E nada seja perdido senão o instante que passará.
              _______________________________
 # Um sentimento desperto em meio ao vento que oscila no cair da noite. Uma tensão repentina, que vem de dentro e paira sobre o olhar, que faz perder o sentido da vida. Tão simplesmente porque nada ela é, senão o que vemos. Certo de que o sentido da vida, não esta no que vemos, mas naquilo que buscamos, torno o saudade por tudo aquilo que ainda não vivi ou vi. Furtemos o sonho de existir por dentro, e não ser só um corpo. Ser a alma definida, ser o corpo sustento pela realidade dos invisíveis que há em nós. Teorizemos nosso interior, para que sejamos inteiros. E nenhuma saudade do que antes foi, seja presente. Mas sentimos isso, como uma força do que podemos e poderemos realizar, amanhã."
# Sei o quão o mundo se perde a cada dia. Por isso vou e sigo na contramão do que todos fazem e querem. Em busca de uma realidade, não do desafeto que traz o que se tornou virtual e distanciou os homens. Não quero perder a   essência do que ainda resta e o homem deixou. O abraço, a flor que nasce toda manhã no campo. Os olhos para o sol que desperta cada dia meu. Os sentidos pelas constelações e é real. As mãos para o mar e assim navegar sem perder a razão do sentimento. Não iludir para não ser iludido... Viver  pois é preciso não se distanciar da vida em sua afinidade do que é bom. Abandonar o cais, e caminhar sobre a areia sem deixar rastos do passado.  Construir uma vida... sou um agora, mas amanhã, posso conviver com alguém e ser dois em uma vida só. #
  # Este sentido tempo, onde chove lá fora e cada gota da chuva se faz como uma melodia. O tempo pairo sobre uma noite misteriosa, mas só no sentido de existir. Tão confuso sentir o coração bater, sem que a mente possa conduzir-me. Cada gota como um orvalho, faz tanto tempo que não me  vejo amar uma imagem semelhante a tua. Que me estranho  a esta sensação. É uma interpretação lírica, mas retórica. É como essa lua que se esconde alta sobre mim. Neste silêncio, o limiar do meu próprio coração desenfreado não sabe o que me dizer, e torno-me mudo ... O que reflito sentindo amar o que nem sei se por mim se em mim pensa? Quem dera eu fosse só esse instante a partir junto a chuva. Há chuva lá fora, e eu inquieto movo os olhos para te buscar num canto qualquer onde a vida me permitiu sentir, como quem ama calado e sabe que não há loucura em sonhar, inda que por um instante. T'é que eu me torne o tiquetaquear, fazendo o meu coração novamente viver, o amor distante, mas real. O desabrochar do sorriso verdadeiro, não inventado #

18 de maio de 2016

"Libertação não está em ser simplesmente livre.
Mas sim, em não fazer o que todos os homens fazem."
"Eu não vai mais a fundo.
Vou mais em frente."

...Descaminho,

Nem tudo finda bem
Pois quase nada é verdade
Então se pouco acaba
E quase tudo ilusão
Vivo o mundo em vão
Só minha alma sabe
Que o quê penso, sobre!
O que vejo é mentira
   ..Descaminho
O mundo, e vivo os interiores
As cores sobre todas as coisas
As que dou nome e vida

4 de maio de 2016

         Neste limiar, onde finda a tarde
Desce a noite, fria com sua brisa
Expressando os temores mortais,
Onde desejos e paixões, se afogam
Em meio aos medos terrenos
Nada inspira, senão o silêncio
Terno que faz-me desejar-te
De um lado quase Q'intocável
Assombrar-me-ei noite passada ao sonho
Que me levou através deste revés
Onde cada passo teu na areia,
Descaminhava-me para tu, longínqua
Brisa regada ao refinado vinho,
Tão sútil e mortal ...
Em meio as ondas, as constelações
Seguindo o rastro de um perfume
Doce e terno quanto a um sorriso
Pouco a mim desvendado!
Que tanto encanta? Senão o instante apenas.
Uma nota intocável cada pensamento teu
Desnuda-me sobre um intervalo
De mim e onde estou, para te buscar
Neste evento em que nada me vale da realidade
Se não te sonhar como quem acredita
Que nada é distante, e o bastante ainda é pouco,
Sobre cada passo teu dado a areia,
Um horizonte se abre para cada canto que deseja chegar
È quando desperto, que te vejo, saudoso sol
E é quando adormeço, que te busco intocável, Luna.
                   A//Yuri.

25 de abril de 2016

"Porque cada passo 
Sem saber, nos leva
Para um lugar, 
Assim, desconhecido

Onde a mente, 
Não sente antes
Que se possa 
Tocar e ver

Somos cúmplices
De tragédias, 
E percursores
De uma vasta história

Que por ninguém
Pode ser contada
Senão por cada passo
Que damos em direção

Daquilo que buscamos
Interiormente, para exteriorizar
O nosso eu real
Que só a alma, conhece." 
O tempo que por nós passa, despercebido assim feito o vento. Que em tudo toca, mas em nada fica. Torna-nos transeuntes e passageiros ao dia. Somos o amanhã quando nasce o sol, e somos a noite quando finda o dia. O amor regado pelos pensamentos que escondemos  sem perceber que cada movimento conta e precisamos partir, quando chega o fim de cada dia. Desapegamos das coisas simples, onde sem querer deixamos fugir a esperança. Nada é tão distante, e o bastante ainda é pouco para quem sabe que basta existir para sermos completos. E que a vida é melhor vivida se temos menos sentidos das coisas absurdas que assistimos em ouvir, e sem ver, transforma em cinzas o sentido real do que é. E percebemos que o amor não se refere ou se trata do que esperamos. Mas sim, daquilo que nós fazemos."
" A fé que nos dizem nos opõe aos nossos desejos e sonhos. A fé com ficção do que falam, não traz resultados. Mas estaciona a vida. Nenhuma estrela brilha porque outra brilha, mas porque existe. E quanto menos sentido tiver a vida, melhor ela será vivida. Porque o destino não se trata do que acontece, mas sim daquilo que fazemos ou deixamos de fazer..

18 de abril de 2016

Feliz o homem que no auge da infeliciade descobre que ser só, é estar e ser feliZ. E então percebe de cima que ser parte da multidào é ser apenas mais um .

E se a minha alma quiser ...


Que seja assim, feita a vontade dela.
Que não haja aliados semblantes a amizade,
mas o timbre claro dos horizontes
que se possa desenhar.
Que haja silêncio no meu ser
 e tudo passe tão profundamente alheio sobre mim.
Nada quero tecer senão permanecer
nesta adorável solitude
que não quer implorar por amor.
Nem se quer a presença das massas que tudo festejam.
Que haja em minha alma
a essência que um dia se perdeu.
O sentimento natural em perceber
as coisas e poder agir como
quem sabe o que vale mesmo a pena....
(...) Que a minha alma não pondere afluentes
cortejos da carne para que
eu tenha que dobrar os joelhos.
Que não haja estereótipos pensados em mim,
que faça minha alma gritar....
Levanta-te impetuosa em brilho aeon,
chama viva resplandeça sobre os destroços do amanhã.
Como uma horda tempestuosa,
 devasta os sonhos e traga-me a vida.
Que um dia pensei em viver, mas sonhei.
Torna-te em mim, relva ao rio doce que se dá ao mar. 
Noite impetuosa,
---------》》》
Porque era preciso afogar os sonhos
Deixá-los a deriva a desaparecer
Um estado longínquo sem volta
Ir tão longe não era preciso
Que estar quieto bastava
Impedir o movimento e deixar
Tudo quanto submerge  também voltar
Detratar  cada instante e fluir
Feito o rio que se dá ao mar
Ser raízes que fincam a terra
E quando molha, mais profunda terra
Não ao fundo, mas adiante do caminho
Abandonar qualquer estrela finda
Que brilha, mas sempre se vai no amanhecer...
Que há de impossível se existe o mundo?
E qualquer tipo de crime aceitável?
Que lutem os anjos e os demônios
Por qualquer  tolice sem valor
Sempre precisamos alcançar
Aquilo que chama-se libertação além do sentimento de aceitação
E assim, além-mar, criar
Para que os que matam, morra
E nós possamos vencer a morte com a vida...
Sem a ideia do que se criou o homem,
Mas notando que há mais de nós por dentro do que aos exteriores.
Que guerreiem os anjos e os demônios onde não vejo. Porque pela minha alma até onde eu sinto e vejo, luto eu.
"Despertamos e mesmo sem querer, saudamos o sol. Porque há sol, e em meio a este enredo o vento que passa, traz o sentido da vida. De nos encontrarmos com nós mesmos. E antes de tudo isso acontecer, estávamos lá, no espaço que preenche e faz o mundo acontecer. Assim sou eu, um galho frondoso de folhas outonais, que dispersa o ar nobre. Assim você é, seda fina que veste e dá sentido a vida."
Para tudo há grandes argumentos. E para que uma verdade seja absoluta não basta se emocionar e sentir. Pois não mandamos em nossas emoções. É preciso ver
.
.
.   TOCAR. Antes disso, qualquer coisa em nós, pode nunca ter nos pertencido.
-------》》》

5 de abril de 2016

A ideia de falar em ser poeta, não significa que seja inteiramente. Mas a melhor maneira de dizer, eu prefiro a verdade da expressão, do que a mentira em fazer sorrir.
Deixe-me tocar esta canção,
Enquanto em meus braços dorme
Terna saudade do que se quer ainda foi
De nada ser, mas tudo perceber
E assim, repentinamente
Surgir com a impetuosidade
De que nada é, mas foi antes
Como a temperatura cai,
Assim sobre nós, nos desfazemos,
Os sentimentos ...
Por vezes em que a escuridão chega,
Nos busca ...
Mas deixe-me tocar esta melodia
Enquanto você adormece em meus sonhos
E então, fechamos os portões
As portas ....
Abrimos as janelas, e nos deixemos
Ser o vento que invade a sala
Sobre tudo que tem vindo,
Deixemos ficar ali, por um instante
Em que nos vemos no espelho
A refletir certo, sem que pensemos
Porque agora vemos, que refletir certo
Está em ver, e não pensar apenas
Deixe-me escrever esta melodia
Sobre cada pedaço que desenha tuas curvas
Ò, horizonte infinito de nuvens deslizantes
Que me faz sonhar, e então,
Despertar porque no sonho
Quem ouve e deita sobre melodia,
Sou eu sem tu,
Mas eu sobre tudo, uma retórica.

3 de abril de 2016

        "E então, o corpo sempre trêmulo,
Uma sensação de estranhezas e sentimentos
Um estado eufórico dentro de uma mente extraordinária
Perturbações de olhos confusos, pelos adeuses dos instantes
O terror da vida, um turbilhão de canções distorcidas
Um terror tão lírico que nada fazia tanto sentido
Para os gestos e pensamentos, mas havia algo muito pior
               ...Aquilo que os olhos não viam, sentia o espírito."

25 de março de 2016

Noite finda,

Desliza nuvens
E o tempo,
Por nós passa
Feito o vento

Rompemos o instante
Com um breve pensamento
O que queremos?
Pelo que nós somos?

Que merecemos?
Se quase nunca
Nada fazemos a regar a flor
Que distante, nem notamos

E quando perto
Assim, estamos
Pisamos, sem pudores
Que o olhar ao invés do gesto ...

Nos traga a razão
De também nos transformarmos
Em tão simples vaso,
Que se quebrado

Seja ele novamente
Refeito, caco a caco
Posto a semear os pensamentos,
Os pedaços vitrais

Assim, como nuvens
Se desfazem, deslizam
Façamos de nós, um amanhecer
O poente de um cais emaranhado ao mar.
 # E então quer dizer que seus pensamentos têm sentido! Mas tuas ações não têm nenhum significado?

4 de março de 2016


[O campo]
        //A essência da vida, o espírito
                                            [O encontro]
                                                         //A razão da existência.
              (A alma)

2 de março de 2016

Devasta fria brisa que trás o vento, os sentidos que a pouco despertam. Traz-me, como transeunte sensação que toma-me, pouco a pouco, em ser o que simplesmente despoja de uma paz que os olhos não vê, mas sente a alma. Uma liberdade, em nada fazer, e ser até triste, mostrar-me um turbilhão de sentimentos, pois estamos vivos. A mais pura leveza, de uma fonte cristalina, que jorra água pela qual nenhum homem pode tomar, mas beber o instante e o resto calar, só para sonhar aquilo que está do outro lado...

29 de fevereiro de 2016

"Porque as palavras se encontram,
Decifram os sentimentos,
Transladam as estradas,
Desfaz todos os atalhos
Assombram os medos
E trás a luz, remanescente
forma o caminho
Desvenda os medos,
e faz ser viva á alma
Além do corpo,
faz crescer a mente."
          //.

25 de fevereiro de 2016

Tenho amor a isto, talvez porque não tenha mais nada que amar - ou talvez, também, porque nada valha o amor de uma alma, e, se temos por sentimento que o dar, tanto vale dá-lo ao pequeno aspecto do meu tinteiro como à grande indiferença das estrelas.
            //FernandoPessoa

16 de fevereiro de 2016

Na tentativa de estudar o passado, esquecem de cuidar do futuro.
          .Oh, inevitável frustração.

11 de fevereiro de 2016

"Este silêncio, cego,  surdo e mudo
Faz-me tudo entender,
Assim permaneço, cego pelas tragédias
Surdo de tudo que incomoda e nem vejo
Mudo, para tão simplesmente
Não contar uma mentira."

10 de fevereiro de 2016

" De sonhar e imaginar, ninguém se cansa
Mas de acreditar e ser, todo mundo duvida."
"Todo bom propósito de um homem é tratado como um todo impossível, por outro homem. Assim ele é perseguido pelo quão elevado é o seu espírito. Toda luta em meio as tempestades, são como portas que se abrem para um desejado futuro, o amanhã."
                 (Ensaio,

25 de janeiro de 2016

[Ode a morte II]

Deixaste de viver em mim
A vida que ficou a deriva
De um mar estranho descrente
Ao cais frio e mórbido

Num lugar sem reino e rainhas
Onde felicidade anda distante
Separada do amor nada real
Criado  por notas sem canções

Desliza o vento fora do inverno
Já é noite e só há um silêncio
Quase mortal, mas chega e parte
Silêncio vago, intocável, tão nosso

Confunde o tempo sobre as horas
Inda que passe, nada vale tanto
Como a erva do campo
Longínquo, desejando ter a janela aberta

História... A de viver
Passaria se fosse um segundo só
Vida... Curta história
Sem sentido, porque há morte
"Primeiro veio o diabo,
depois Deus enviou os teus anjos."

13 de janeiro de 2016

            "Porque é neste intervalo, entre a ira a calmaria. Que deve-se escolher um lado; Não é necessário a opinião de um especialista ou se quer da multidão que está em volta. É preciso crer, que além do mal que muitos dizem e tentam limitar assim, suas decisões e planos, é sim, necessário dispor-se de uma ideia que aplana a vontade de seguir. Não se pode rir dos outros, mas não se pode deixar os outros rirem de ti. Eleve os olhos, siga só ao vento ... Talvez compreenda, que melhor razão para alcançar um objetivo e realizar um sonho, está em estar só, com os teus próprios sentimentos voltados a ti!!!
"Nada me pertence e nada tenho! Tudo se transforma, e se vai, feito o vento que em tudo toca e em nada fica. Se pensarmos com o coração, sofremos. Se sentimos com a alma, vivemos. Se olhamos bem para tudo. Nós é que a nada pertencemos. E assim, notamos que precisamos mesmo nos despegarmos de tudo quanto pensamos. Só assim, conseguimos agir para conquistar algo. Que um dia se partirá, ou eventualmente envelhecerá e quebrará [...] 

11 de janeiro de 2016

         ...Porque quando o sol se cansar, vai chover!  
   E quando chover, o campo vai sorrir
   E depois das flores nasceram, folhas morrerão
   E assim, tudo será conforme deve ser.
   Pois o destino, por vezes, é o que fazemos,
   Não o que acontece!

...Oscuro insconsciente

Toma sozinho a hora, transforma o que é real
E ganha vida a ciência do nada adormecido
O corpo como um terreno plano, tremulo
Que sente o frio como quem causa o calor
Sobre todas as emoções remotas, montadas
Em um palco chamado vida, rua á rua
Como quem anda despercebido a tudo
Que há em torno de tudo que nada é,
Desfazendo-se do segundo, como quem ama morrer
A Cada um dia como um pedaço qualquer de pano
Que serve para limpar o espelho empoeirado
Reflete olhos profundos e negros, de pensamentos
Descarrilados e ferventes, prestes a manejar
Os ideias solitários, nada toca, nada sente
Feito o vento de folhas verdes que caem no Outono
Adormece e há tormenta, no oscuro inconsciente
Forjado a pesadelos estranhos, que invadem o dia
E sente como cada tempo se fosse, partisse
Sem a dependência do tiquetaquear do relógio velho
Igual dos que pensam falam, inventam, e nada vê os olhos
Só sente a alma, e permanece mais alto que tudo
Não é solitário, é virtude em ser único,
Não mistura, mas sabe das cores,
E caminha em meio a penumbra que é a vida,
Sem se importar com a noite que finda sempre luz
E sabe que caminhar em meio aos destroços, é preciso!
                  "A religião pode mudar o mundo. Moldar sociedades, mudar pessoas. Mas também pode escurecer o mundo inteiro e cegar a consciência do homem."

6 de janeiro de 2016

Inda que de olhos fechados. Nada muda, só imaginar, não realiza!
Tudo suporta o pensar, mas o corpo padece, se parado.
È preciso navegar com os pés o campo mórbido da terra ...
Ir além dos destroços das esquinas assombradas.
Alcançar o que nos desperta por dentro, não o coração,
mas a Alma, que nega todos os ritos e ideologias alinhadas
Sobre todas as coisas que levam ao mesmo lugar,
Seguir, como um rio que flui pro mar, deixando as rotinas
Alheias, embarcando realidades espirituais, destruir as pontes
Que buscam voltar e levar ao passado, tirar as sandálias,
E misturar-se a areia fina de um brado mar, intocável
Não ser como a massa da multidão, mas quem realiza
Sem a necessidade de mil mãos, mas tendo duas, acreditar em si!

4 de janeiro de 2016

"Porque somos ás margens das coisas que por si só pensamos. Porque querendo ou não, a vida nos retribui de acordo com o que pensamentos ou estamos fazendo. Por isso devemos ser antes de qualquer margem, a semelhança do que desejamos. Justo para que cada gesto seja a margem da realidade que pensamos. Se tal molhamos os pés, desejamos. Se então sofremos, fizemos alguém sofrer. E de tal, se sorrimos com prazer. Prazer há em fazer alguém feliz! Então, que sejamos os pensamentos mais desejosos, para transformar Todas ás margens desejadas a quem está de fora e deseja entrar."
   
  //Sejamos o amor pelo gesto
               //Abandonemos os pensamentos;
          //E alcancemos o longínquo
              //Transformemos a vida em alegria
                          //Que sejamos convidados
                     //Para também servir,
                //O que há de melhor em nós;
                        //O gesto, o abraço, o riso.

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...