31 de março de 2018

30 de março de 2018

Se prostram as folhagens de onde se desprendem as borboletas a investigar o ar e o vento que suavemente trás a tarde que rege lírica canção onde dança a alma no além-do-além. Movendo espaços invisíveis a deslizar o sono de um sonho já realizado. O sol impetuoso a brilhar no céu onde mortais na prostração involuntária não o percebem trazer a vida e sua formosura pelos riachos e desfiladeiros distantes que me aproximam dos impossíveis, somente de imaginar. E a alma a repousar na ponte, faz-me se arrepender de querer ser só e então, sou o outono não dividido a investigar a chegada do novo inverno. Há um divinal som a entoar sobre o vento que paira e descansam as folhas que despencam das árvores e seus galhos frondosos e dá sombra.

Eu não posso revelar aos homens os pensamentos que tenho. Eles não são meus:

"A secreção da atual existência na sua exterioridade superficial e chã. O mesmo que impede o crescimento interior do ser e de todas as coisas que ainda não existem, por falta de sabedoria e calma, o que mantém desde o início o fim pelas inapropriadas revoluções e ocupações dos espaços visíveis."

Por isso eu não posso revelá-los...

29 de março de 2018

Outono

Tarde nublada a chover
Molha meu quintal e minhas flores
O vento percorre no alto
E balança a persiana
É outono e a poesia aflora
Sobretudo que há diante dos olhos
Adormeço no regaço do teu ser
E cada gota que cai
Leva para longe os males
E enquanto chove
Sonho sem o sono da realidade
As borboletas repousam
E os pássaros silenciam
Até tornar a noite novo dia.

28 de março de 2018

"Traga-me sempre um pensar ao vento. E então, deixe-me transformar o sentido oculto em uma refinada ideia."

27 de março de 2018

Os corações são minas, onde se refina o ouro

Tira-se da terra o ferro e as pedras fundem o metal
Buscam os homens na escuridão e na sombra da morte
As pedras que juntas aos ribeiros rebentam
E no seu esgotar rasgam as águas e se vão

Procede o pão da terra e assim é revolvida por fogo
Pó de ouro que olhos nenhum vê
O que há de precioso, senão os rios e os rochedos?
E a luz que rompe a relva todas as manhãs

Orvalhos que banham as folhas
E não se pode trocar pelos cristais
Revolvem as tuas raízes mais profundas
Os mais belos arvoredos do campo a ocultar a vida

"Renovando a mente num segundo
Sem respostas prontas
Porque me levam a lugar nenhum
Desvendar segredos que não são mistério algum

Somente a verdade pode libertar/

Há leis para a chuva e medida as nuvens
E também um caminho para os trovões
Tendo todas as respostas em minha frente
Não vou brigar pela fórmula da razão...

Mas vou me transformar/
Porque a resposta é o amor.

"Apesar do dia amanhecer nublado. Os pássaros cantam".

26 de março de 2018

Me sento nesse banco, em frente a essa velha e antiga catedral

Nada há senão o silêncio da noite
Esse intenso e profundo mistério
Que gera a vida em nos calar
O vento gentil a balançar o sino de ferro
Eu mudo como o silêncio
Vendo as folhas soprarem ao chão
Fascinante delinear da luz ao centro do corpo invisível
Que se transforma em um sentido informal
Vagando sobre mim o sonho que deseja realizar
Sou essa tela surreal tomando vida
Sobre tintas de cores primárias a escorrer
Formando desenhos do futuro
E surgindo o amor dissipando as sombras
Faz-me a moldura desse quadro perfeito
Jazem as rosas, como mágicas no altar
E o relógio desfeito pelo instante de tudo
Tudo, que não há e se desenha
Na fórmula imprecisa dessa mistura de sentimentos e razões...

25 de março de 2018

Cada batida do coração é como uma nota a formar uma canção. É preciso sentar á beira do silêncio para saber onde o fogo dança e quer nos aquecer. É preciso desnudar os olhos dos pensamentos que pesam o ato. Abandonar o sentimento de martírio, porque com os olhos se sabe e vê que brilha a lua, mas tão somente a alma pode nos deixar entender que teu brilho, não é natural, como o das estrelas. O corpo é a peça que move os montes que quando o subimos, nos contempla e decifra em nós que não seria nunca possível revelar nossos mistérios com as luzes dos olhos acesas.

Jardim secreto

Jardim secreto

Esse meu coração
Estranha terra
Onde habita um sonho
Que não tem som e nem forma

Ele deita no gramado
E sonha a hora que chega
Jardim secreto
É a minha alma

Que define quem eu sou
Passageiro sem lar
A navegar sonoros prefácios
De letras escuras em papéis amarelados

Para que a luz permita ler
Portanto debaixo do sol
Para que quando cair a noite
Eu me deite sendo a relva d'outro sonho.

No canto da sala há uma mesa de mogno
Onde se deitam todos os poemas inimagináveis que desenhei
A janela alta suspensa por uma coluna invisível
A deixar sucumbir o vento solstício
Que me transporta para um conto
O sonido da porta que se abre para me ver as estrelas
Que vagam também suspensas no céu
Eu me deito sobre o piano já velho e antigo
Teto de flores brancas e lilás desenham meus olhos
E a solidão se senta aquele brilhante banco
A dedilhar um soneto. perfeito entre mim e o espaço
No ar o profundo mistério do que agora sou?
Homem ou monstro?
Transfigurando as folhas secas do jardim
O tornando passagem para este mundo de encanto
Que não tem forma e nem cores senão uma cortina de seda
Que dispara numa dança cromática aos lados
As mãos procuram meu corpo e a realidade delira
Deixa de ser e existir, surge um tempo
Que de tão inesperado vence o anseio da companhia
Do que era eu antes dessa canção de ninar
Sou agora a ponte da minha travessia
E velejo no enredo dessa ascensão que nada há
Para que no movimento das águas eu me transforme
Em vento ou fogo ou inóspito ser
Que adormece na consciência da alma
Que guarda esse velho coração

24 de março de 2018

Teus olhos eram estrelas, e teus lábios lua e oceano incandescentes

E fluía como águas límpidas e rasas a banhar-me
Paralisado a paisagem muda das ondas
Que era teu formoso ser
O rasto da chuva soprado ao vento

Trazendo fresco ar as mudas das flores
Fonte que faz água respirar
E dançam as nuvens a rodopiar
Nos teus olhos de estrelas

E teu sorriso lunar a encantar as flores
Brotando encanto e perfume carmesim dos jasmins
Que lá no jardim da tua casa, suspirava meu ser
E no topo da torre/

Onde pequena luz brilhava
Me pus a pensar em ti, estrela sem nome
E lua sem som e forma
De silêncio sereno a me sonhar no teu sorriso/.

23 de março de 2018

Cadunt altis de montibus umbrae

[As sombras caem dos altos dos montes; Anoitece]

Porque a noite também se revela e fala
E ela silencia a distração do dia que passa
Sempiterno para as tardes vãs
Montes distantes de confrontos férreos

Como cordões que te afrontam
Brando sonho a querer submergir-se pelo alarido
Do som aos trilhos que podem descarrilar
Abrasa teu ser e oculta teu coração

Tu és jardim de flores que não fenecem
Erva inebriante da mirra de Jerusalém
Fonte de águas rasas e limpas
Onde se banham os pássaros e nunca se perdem os peixes

Tu és sentido oculto do teu linear
De uma coluna indispensável para alicerçar
As vindas dos ventos que te sopram
Tu és o vento e o sol e a chuva e noite sem fim

Sonho sem sono/.
Flutua, não submerge
Transitório vento/.
Que tu mesma faz soprar e levar estas cinzas.

22 de março de 2018

Noite estrelada

Só chega e entra
Fecha a porta
E está tudo certo
Desliga o telefone

Á vista é tão bela
Quanto imagino
Sobe e deixa os sapatos
As meias aquecem os pés

Lá fora a garoa/.

Como se a este quadro
De outra noite estrelada pintado
Pairo a parede do meu quarto mudo
Neste canto do cômodo

Que move-me até a janela aberta
De cortinas de seda de algodão egípcio
Bela sinfonia dos pássaros noturnos
Que entoam gentilmente uma canção

Que faz a lua delirar
O sonho que vivo, enquanto ali
Também paira na noite estrelas
Que são reais a vista nua
Não a alma que cintila, faz realizar o instante

Navego neste horizonte a buscar-te
Longe dos abismos e rodas desenfreadas
De estradas de cinzas e pó
Me enlaço aqui neste encaixe perfeito do pensar a janela/.

Vitrais dos pensares

Nos pesam como flocos de neve
E se desfazem/
Essa incrível mutação da natureza
Faz florir/

Campos distantes do sonho
Que transforma/
E se cai a noite, dorme a realidade
Espera também o sol/

Não é preciso entender além do que convém
Bate o coração/
E a vida se faz tarde calma
Onde me deito a descansar

Movendo os moinhos que me pensam
E ouço o tiquetaquear/
Do relógio que mesmo sem força
Meus olhos movem/

Ponteiros como se alma para a vida
E surge o sonho/
Fazendo adormecer a realidade
E essa terra estranha, chamada coração

Nada pode senão fazer funcionar o corpo
Porém, a alma/
Essa reluz o sol, também cria as sombras
Mas é a fonte de todas as coisas/

E faz da bagunça uma obra de arte.
Porque amar/
É a mais pura obra prima
Para tudo não precisar
E o nada transformar.

18 de março de 2018

"Se o sonho se revelar ao homem da forma em que ele não sonha vivê-lo, a sua realidade será superior a planos de locuções que ofuscam por algum momento a frustração do instante. E tudo isso como passa, não realiza, não permanece como a construção perfeita de um sonho fora da realidade. Como se olha para os confins e sabe que do norte os ventos mais fortes sopram. Trilhar esse caminho simples e fácil, permitirá o descanso para apenas viver mais um dia. Mas navego contra o vento, onde as ondas submerge o universo e vozes ecoam como fraco vento do sul, não sabe para onde vai e se desfaz. Mas é aqui, neste espaço em que me encontro no cais da embarcação que carrega toda essa bagagem, conhecida como planos e não sonhos. Traz-me o vento e malas vazias. Traz-me a verdade e uma história. Vento que crio ou me leva. Verdade que sonho e história que vivo com as minhas mãos. Esse som dos trilhos as estações já passou aqui, mas não me lembro mais. Há um longínquo infinito que me separa de ser aquilo que deseja meu sonho em mim viver. Ou me deixar por não ser o  protagonista da minha história e ser coadjuvante das invenções e ritos que se repetem e se desfazem trazendo a morte para o fim de tudo que se planeja.

17 de março de 2018

Doce canção de ninar é a vida


Rompem ás colunas e desce uma canção
Diante dos escombros o furor
De cada peça a formar a vida em ascensão
O peso inóspito ao sentido dos olhos que vagam a procurar

No invisível domínio da arte que supera
Recria e navega horizontes surreais
Trazendo sonho a vida, o movimento das cores
Não dormes, porque custa pensar

O sussurro que desperta a noite oriunda
Sem manifestações das magias antigas
Sem mitiscismo das artes antigas
Apenas eu e as estrelas e o lago mudo

A beira do vento e da fogueira que dança
Em cores febris que cintilam meus olhos
O uivo da lua a meio fio das nuvens
Que esconde verdadeiros mistérios

Sento-me aqui diante da sombra que emite a luz
E estou dormindo e nada mais...
Não dou a vida o sonho, mas o sonho a vida
E vivo além das menções inventadas por mortais e mãos inábeis

15 de março de 2018

Águas rasas de rio profundo

Que nos mede ao medo a passagem da nuvem
Do olhar que nos vemos a refletir o som da alma
Em meio ao vento que sopra e forma ondas
Faz-me parar e temer ao frio inóspito

De águas rasas.
E rio profundo/.

Do que transforma teus mistérios
Em espelho belo de um céu eterno e intocável
De um azul profundo como o oceano estrelado
Se desenhando em brando mar

De águas rasas.
E rio profundo que encontra o mar/.

Tecem no fundo segredos teus
Que ao meu corpo se revelam
E de águas rasas que se desfazem
Faz do profundo, desejado

De águas rasas e escuras
Do mais profundo desejado...
Porque não teme sentir o coração
Submergir a tua alma

[…] Que é profunda.
Numa vida mera e rasa. […]

"Por mínimo que seja o movimento, faz barulho. Não há barulhos, há moveres. E somente ouvimos o som do movimento que reparamos em ver para deixar os sentidos perceberem. E então, as cores dão nomes ás coisas todas que existem".

É que na realidade todo confronto determinado ao achismo de si para o outro. Torna o sentido da guerra favorável apenas aos que não buscam paz, mas o conflito exterior. Permitindo que interiormente a inspiração seja tão vaga quanto a ação.

(Fragmentos.

13 de março de 2018

Porque sem tu, a minha poesia expira

Perde a razão e também o sentido
Pois sem tu, perde a cor e rumo
E perfume não há nas minhas flores
Sem tu, expira a minha poesia

Sem tu, até a escuridão que existe se perde
Porque luz tu és neste aeon de estrelas
E qualquer um deve saber que sem luz não há sombras
E sem ti, não há de existir em mim inspiração

Tu que assim me assombras
Faz-me delirar o vazio dessa existência
Que nada há mesmo com toda essa massa
Todas as coisas são supérfluas e sem brilho sem tu

Porque tu para mim é todas as coisas em uma só
Tu faz-me ser o decorar das inspirações
Que dormem no sonho que vivo
E somente se realiza ao seu lado

"Sabe porque as pessoas estão atrás de você? "Porque elas estão atrás de você e não na sua frente, onde você tem o domínio daquilo que foi focalizado por você. Seja tão bom que essas pessoas não podem ignorar você. Não se importa! Porque elas falam nas tuas costas? Porque elas vão sempre estar atrás de você. Deixe seu legado ouvindo teu coração e não a voz do inimigo".

Esse horizonte, ah esse horizonte

Ando com ele na contra mão das estações
É tão central que em meio ao frio eu ando
E percebo que antes eu corria, hoje aprendi a esperar

Tudo continua sendo dali, de onde vejo
Porque todas as cores a isto pertence
Eu sem motivo a desenhar esse horizonte
Em meio ao silêncio da minha alma

Posso sempre durar e ser para sempre
Porque o amor não é colina nem lua
Tampouco sol ou estrelas, o amor...
Ah, o amor, ele é invisível, é a semente

Que sustenta tudo que há em mim
Colinas somem, montes se movem
Sempre iguais se desfazem e fazem barulho
Formam o caos pelas mãos de homens

Mas o amor, bem, ele permanece
Ele é o verdadeiro sentido da vida
E quando parece abalar, tudo se desfaz
Porque o amor, ele não tem cor e nem medida

Tampouco tamanho ou altura/
O amor é tudo, e isso basta.

12 de março de 2018

"A mulher que se dedica a felicidade, ela encontra no caminho a única razão para ser feliz, o amor."

Não temer os pensamentos nem o gesto indesejado, para conformar aquilo que a impede de sorrir mesmo em meio a um dia frio ou nublado. Deixar estas telas coloridas, para abraçar a sua causa verdadeira, que está em não ser tão limitada  por vontades que despertam e depois morrem da mesma forma que surgem. Mas eu falo de um caminho, cheio de estradas onde cabe dentro de si realizar todos os sonhos. Porque em meio ao caminho dos outros, são atalhos e estas trilhas também, não as fazem colher com as mãos macias, porém calejadas de tanto trabalho árduo. O dia de uma  mulher não pode ser como um trecho de um livro qualquer selecionado para fingir teu riso, que deve ser permanente e real. Real porque idealiza e não há algo mais agradável do que vê-la realizar a sua entrada e não desejar nunca a sua saída. A mulher, é verdade que ela inspira a viver como quem sabe que explorar o dia é melhor do que a companhia de qualquer outra coisa que exista. A paisagem como o som das árvores ao invés do tiquetaquear distraído de um celular que nada faz senão fazer perder o sentido da vida. Como o passar do vento ao som mais silencioso que nos dá o coração a ver cada folha que cai e cada estrela que não brilham, são iluminadas. Não são as riquezas e nem os mais raros rubis que podem aproximar a vida da mulher que se dedica em realizar-se no maior ato em amar-se para ser amada sem um motivo e também sem uma razão.
Porque amar está na razão de criar mais belo motivo para sempre buscar a felicidade e não na realidade a realização das coisas que somente o Amor o pode construir."

11 de março de 2018

É engraçado como uma partida de baseball pode tirar o sono de uma criança e fazê-la apenas sonhar. E enquanto ela vai sonhando cada jogada no campo perdido de uma breve temporada. Diz: Eu não vou cometer um erro se quer. Na verdade, ela apenas vai perder uma noite de sono. Pela manhã seu amigo vai ligar e perguntar se ele já levantou-se e foi ao jogo. Contudo sua irmã que vai atender ao telefone, vai achar aquela a desculpa nais esfarrapada possível para falar com ela. E essa ideia fixa na mente dela, fará com que ele se arrependa de ter ligado, afinal a notícia que haveria de dar, não seria das melhores. Pois aconteceu algo terrível! Seria preciso encontrá-lo antes de entrar no campo, prepará-lo para o choque. O dono do terreno baldio disse que não deixaria que crianças horríveis e barulhentas jogassem mais ali. Uma placa dizia: "caíam fora".
O garoto pergunta: "o que está acontecendo com o mundo"?  O que havia de errado. Não era tão errado, pois aquele senhor alegava que se alguns deles se machucassem, ele poderia ser processado. Ele na verdade não queria gastar alguns trocados para comprar apenas aqueles merthiolates que colorem o machucado, mas cura e rápido como também antes desinfexiona. Saíram dali, vendo que ao menos o bebedouro improvisado estava ali, um pedaço de pau em forma de estilingue a segurar a ponta da mangueira a gotejar água limpa e fresca. Ainda houve tempo de beber um pouco da água e dar o último suspiro naquele campo perfeito dentro do sonho. Jogar no campo da escola, que nada, não era possível. Somente nos horários das aulas de educação física e também no parque da cidade, gastaria 20 contos. Crianças? Bem, dificilmente elas teriam esse dinheiro para arcar com os custos de uma partida tão sonhada, feito noite a tirar o sono. A notícia já havia se espalhado e o jeito era treinar na base dos primeiros degraus da escada que ficava na entrada da casa. E nisso até a sua própria imaginação estava contra si. A Sally falava que se eles conseguissem um advogado, poderiam conseguir direito ao campo. Ah! Estão vendo só como é dentro da imaginação de uma criança? Até no terreno baldio, mas particular elas sentem que podem ter esse direito. Agora gastava seu tempo jogando a bola naqueles degraus. Essa era a sua única reação. A menina que havia se aproximado dele, chegou  perto e disse: não acredito que você vai reagir apenas desse jeito. Ficar jogando essa bola nos degraus dessa escada. Ele então, disse: que nada poderia fazer! Ela ao dizer que gostava dele, sentiu-se estranho àquelas palavras: Eu sempre gostei de você. Mas não sei se você poderá amar alguém como eu amo. Ainda mais eu, que uso esses óculos. Eu vou ir e deixar você em paz. E a cena foi encerrada por um leve tilintar de timidez infantil. Ela agora andava com o ressentimento de um pensamento suspenso que dizia: "acho que a coisa mais tola que há, é falar do amor assim tão abertamente. No outro dia os dois amigos se encontraram na ponte onde por debaixo passava um pequeno córrego de águas rasas e limpas. Um agente imobiliário havia comprado do proibidor e depois disso, vendeu por outro valor a um outro time da outra cidade. E eles haviam liberado o campo para que eles pudessem jogar. E depois disso, desde que haviam recuperado o campo, aquele amor contido a timidez, havia sido esquecido. Ela não lamentava, porque ao invés do coração partido, ele estava acelerado. Ele dizia que estar em cima daquele monte, o tornava especial e ninguém poderia o deter. A irmã dele dizia que ele andava todo errado, que seus pés rastejavam e seus braços, balançavam para o lado errado. Agora ele pensava que rastejar, era começar tudo do início...
Seguiam todos para um acampamento dentro de um ônibus amarelo e preto. Todos sabiam que a comida do campo era boa. O lago, as árvores o céu. O kit de primeiros socorros e a lancheira serviam para proteger dos insultos dos meninos, isso ao menos para as meninas. As coisas aconteciam sempre assim, de um dia para o outro e de um tempo curto para tudo quanto poderia acontecer. 

Narramos o amor porque o vivemos
Sentimos o amor, porque o queremos ser
Sem a cicuta, sabendo que tudo tem a sua hora
Tirar uma foto, para mostrar a companhia
Sem debochar dos maus presságios que são sentimentos
Adversos/
Porque tudo passará, menos a história que construímos
Para que ela exista para sempre
As trufas não mordem, e custam caro por serem raras
Não as que fazem, mas a que está na raiz do fundo
O cão caça com o faro, o homem recolhe com a mão
Então, deixamos de ser para existir
Fluimos feito fonte de água doce
Que mãos humanas nunca encontram
Porque os olhos não buscam.

Eu não sonho pela mão de outrem
Eu sou o poetaa

9 de março de 2018

"Eu aprendi a me  vestir de forma que em mim caiba a satisfação de estar bem e me sentir bem. Então, também aprendi:

Que com a mesma proporção que aproximamos, também afastamos.

E nesse percurso árduo de viver verdadeiramente e não sobreviver pelos resquícios.
Entendi:

Que tais como ouvem as palavras de uma história não vivida, a concordam. Assim, afastam de si a possibilidade de crer. Tais também, não fazem porque não concordam que são capazes".

7 de março de 2018

Eu via nevar enquanto garoava madrugada adentro.

O frio inóspito aquecido pelo fogo que sustentava toda flora escura.

Estava sucumbido a realidade enquanto pássaros e bichos noturnos murmuravam a mutação terrena.

Quando adormeci, adentrei os portões do invisível.

E sobre excelente grandeza ressuscitei um sonho dentro dos mortos.

As águas e as copas das árvores chiavam.

Junto ao vento o frio...
Junto ao fogo o sono...

E ali eu tive um sonho
E despertei pra vida!

6 de março de 2018

Realizar-se é o maior ato em amar-se

"Quem teme o sofrimento, já está sofrendo o que teme. Medo este que vem pela antecipação do pensar, não da ação. Molhe-se, se a chuva cai...

Se eu ousar e fracassar. Somente eu saberei o risco que corri em ter ficado parado. O que empobrece o homem, não é a falta de dinheiro, mas a inércia de seus pensamentos sobre as coisas ao seu redor. Eu pago o preço pelas minhas escolhas, mas recebo todos os seus valores, quando sinto que não estou enganado. Caminhe com cuidado, e partilhe com os outros a sua felicidade e esqueça as nuvens negras do passado.  Talento, temos naturalmente, precisamos praticá-los. A vida é um espetáculo, e para ser o protagonista da sua própria história, é preciso criar seu próprio destino fora da realidade desse espetáculo, chamado mundo".

"Tenho trocado a realidade pelos bolsos vazios, mas cheios de sonhos. Trocado as vestes que brilham cheias de máculas por uma roupa leve para sentir e dominar o meu corpo. Trocado as festas que despertam as ressacas para ressuscitar outros sonhos. Trocado minhas vontades, para descobrir meu verdadeiro propósito. E tenho descoberto que a arma do vencedor, não é a vitória, mas a busca dela por cada manhã. E não tenho aprendido com os meus erros, mas com os erros dos outros".

"O medo é o produto da imaginação. Por isso pensar em fazer, é o mesmo que gera o impedimento. Dizer, que vai mudar, é inútil. Vou conquistar, é o que está dentro de cada um, acredite".

4 de março de 2018

Te amo para além das palavras

Eu a amo para além das palavras

Porque me levas para longe de mim
E diante dos seus olhos, sei quem sou
Porque nada me tornei que não fosse por este amor
Que nunca passa feito vento, mas fica como divina estação de flores

Não importa se faz frio, me aquece tua alma
E me toma todo o teu belo ser
É como canção que acalma e me faz adormecer
Como uma criança nos seios de sua mãe

Eu por não poder parar o tempo
Me torno teu e anseio cada dia tua chegada
Que faz nascer as manhãs e trás-me lindas luas
E que fazem as ondas de meu mar serem macias e calmas

Para além das paisagens, te sonho
E quando no abrir dos olhos, te vivo
E isso me basta, amar-te para sempre no agora
E então, tudo chega e calmo realizo

Porque você me ensina,
Que amar é não querer nada
Senão a chegada de todas as estações ao lado de tu, que tanto amo

3 de março de 2018

PARA REFLETIR

A minha mente se renova

Porque eu não vejo como as coisas ocorrem, mas como sinto que elas passam. Como ver as folhas caírem das árvores no corredor por onde caminho a ver o impetuoso sol. E cada momento é um presente, e felicidade não é um lugar para onde se vai. Mas como orientamos as nossas vidas e alcançamos nossos objetivos fora das nossas concupiscências.
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Eu senti o cheiro do futuro...

Eu não nasci para ser nada. Me conhecer me basta, porque o propósito de Deus será sempre maior do que me encontrar na vida.
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A minha consciência é um alarme

Por isso a culpa é do resíduo morto, porque é o que resta e não me serve. E então, a felicidade acontece de acordo com aquilo que alimento o meu corpo.

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...