23 de agosto de 2020
Levanta o invisível sentido e nos faz respirar e mesmo sem ver, clama a noite em sua perfeita vigília e sintonia. Faz sonhar um corpo que vigia a alma enquanto ela em águas profundas e distantes se levanta diante de uma entrada triunfal para teu dono. Os olhos que estão fechados, faz estremecer interiormente os sentidos para dar direção ao amanhã que parece um pouco distante enquanto dormes. A mente que descansa revolve como fogo a extensão do que quer realizar amanhã... Não se escreve uma carta para a morte, e nem se diz ao tempo para que se realize. Não se ama pelo simples fato de gostar e querer preencher o vazio do medo de estar só. Aguardar em silêncio pelas cartas da vida que quer se realizar é mais alto do que uma coisa que se deseja querer. Amar é um estação única que te faz ser os ventos a cantar na primavera para trazer as chuvas nos verões. É desfolhar as folhas de outono para desvendar sempre o novo dia que chega hoje para aquecer o inverno com o corpo transformado pelos sentidos que faz de si, idealizador de sonhos e não turvo e ambicioso por realidades possíveis. Lembra-te de agir com doçura, para ouvir o canto dos pássaros enquanto caminhas para o dia que te desperta. E não espere encontrar uma razão para ser feliz, quando a felicidade de existir te basta para se sentir completo. Enquanto dormes, deixa viver a alma, enquanto vives, cuida bem da tua alma e nunca estarás só."
19 de agosto de 2020
Perfeito náufragio
Sopra o brando sul a desejar verter
Os horizontes de velas levantadas
Costeando o vasto mar de oceanos distintos
Um vento areado a navegar o ar invisível
Faz-me traspassar da realidade ao infinito
Que acontece no ato lançado de dentro para fora
Âncora da alma as palavras bem semeadas
Permanecendo como rochedos de proa
Que navegam mares estranhos e misteriosos
Que lançam prumo nas águas para direcionar
Além dos muros que cobrem a vista
Faz o corpo fortaleza a se lançar sem medo
Sem sol e sem estrelas
Não há deuses
Que possam provar nada
Porque tudo existe para determinar
O fim do que surgiu antes
Para fazer entender o amanhã
Só se compreende quem vive agora
Observando seus próprios passos
Para alcançar o propósito da vida
Porque a meia-noite suspeita
Então dormes como sonha uma criança
E faz como se já não houvesse o amanhã.
18 de agosto de 2020
Já vistes os teus próprios olhos?
Vistes quão lindos são teus olhos
E que teu olhar é um incêndio
Que permeia uma alma calmamente
Percebestes que teu sorriso encanta
E que teu ar é cheio de graça
Que tuas mãos são tuas
E isso significa tanto
Tanto que somente há em ti
Este brilho que beija meu riso
Que o azul que te veste é mar
Em que se banham lindas praias
Que teu ser é Oceano
De águas misteriosas
Que navega meu barco sem calhar
És uma força indistinguivel
Porque és luz que alumia meu ser
10 de agosto de 2020
É o que nos causa saudade de viver
Uma coisa que não foi ainda
Que não se realizou...
Que tudo não pode comportar
Como uma coisa única
E que nunca se sentiu antes
E que nada pode realizar
Senão o nosso coração
A cada batida a transformar
A refazer o homem para ser
Uma outra coisa para essa
Que cita o poema
E só o poeta vê e sente a se realizar
Coisa esta que refreia o pesar
E carrega consigo a sutileza de uma nuvem
Que se desfaz para realizar outra
Que trás a chuva e faz dos ventos, passagens
Para paisagens inenarráveis
Que só se vive de dentro pra fora.
4 de agosto de 2020
Guardei este verso
Para lhes dizer que não há medo
Não há medo no amor
Nem na forte tempestade
Porque há quem nos fale
Mas há quem a nós se revele
Como um caminho
Que gentil se refaz
Nos torna próximos da face
Em que vemos cada passo
Que damos na direção das bandeiras
Que diante dos ventos, dançam
Nos fazemos por direção
Não guias cegos
Somos portas que se abrem
Para o eterno ser
Ser presente do futuro
Que chega sempre no instante
Em que respiramos
E quer saber? Isso basta...
2 de agosto de 2020
Quando florescer
Ainda será inverno
E muito mais que isso
Pelo que está no ar
Tão bonito e tão real
Coisas diferentes e tão iguais
Das memórias do outono
Deixo florescer o verso
Estar a ver teus olhos
É como estar a ver o cais
De um barco teu que me faz navegar
Deixando teu ser, ser minha bagagem
Para pintar e desenhar as Ilhas
A cada vento que tentei desenhar
Para te dar enquanto dormia
Então, foi sonho que realizei
E senti felicidade no meu inverno
Fui teu calor, teu fogo
E foi para mim brisa
De um vento marítimo
E quem sonhou foi eu.
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Preciosidade
"Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...
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"Falha o homem em pensar em não fazer Acerta o homem que erra para aprender Salvo dos medos imaginários Tudo torna possível em realizar...
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"Nos adeuses dos dias que se passam.Haverá o motivo d´outro aproximar do tempo."
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"Você não tem controle sobre os males. Mas se você dominar as suas ações, o mau não terá poder sobre você."