Caminha inóspita sobre cabeças
Pensantes de si sem ser
O que almeja a alma
E desvanece o coração no tiquetaquear
Do relógio que envelhece
Sobre a parede antiga e imóvel...
Cria-se o findar da hora,
Que se torna qualquer ao passar
Se esvai para trazer o tempo
Que se forma diante dos olhos
Somando cada realidade
A divisão do corpo a alma
Expirando a imaginação
Fora do pensamento e vaga
Como se navega águas atlânticas
Frias, sombrias e profundas
Ondas titanicas a alcançar
Praias onde somem os passos
E cobre os pés a ermo
Futuro findado no ato do entendimento
Sem saber julgar a si
Olha para outro enquanto se perde
"Flor da noite
Feito Rosas de tantas cores
Que se tornam negras
Como a noite em declínio
Porque cai/
Dança à morte
Sobre as nuvens
Enquanto briha Lunna
Tão eterna e intocável"
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