"E se finda o entardecer
(Repentina-mente) vem a noite
Caindo enluarado céu em sua majestade
Eterna existência de séculos passados
Inóspita e formosa inspiração
Em nada cabe e de tudo se desfaz
E recria o haver do horizonte
De cores sem imagens...
E tem o seu tinteiro e tem seus papéis
O pensar se torna uma tela
Inenarráveis sons do presente século
E impera sobre a arte das entre-linhas
Sem ternos versos e sem linhas pensantes
Estrondam os montes e se movem ás águas
Estrondam os montes e se movem ás águas
Formando paisagens que póstumas enriquecem
Cada letra que formam as palavras
Cada letra que formam as palavras
E faz nascer um mundo sereno
Abre o coração e aprende a ver
Sentir com a alma, sem a sensação do corpo
E aprende a viver dentro da existência perdida.