Me afogo no silêncio de um grito apertado
Dolorido, mas que só a alma sente
Coisa essa que não se divide ou compartilhe
Quem dera eu tivesse onde repousar essa alma
Que já cansada suspira seus últimos dias
Se fossem segundos, eu seria feliz ou contente
Pois não demoraria dormir sem sonhar eternamente
Sem perspectiva e nada no horizonte
Deliro o sorriso alegre de quem vive
Tempo me parece nada e tece o fim
Por conta de quem nada tem, nem sonhar sei
Um eu de todos os eus de ilusões imaginárias...
Desfeitas no pensamento de que tudo passa
De que difícil mesmo é morrer, chegar na última estação
E no além do além, nada ser senão lembrança de uma poeira