14 de julho de 2020

É uma alegria silenciosa
Consiste em não fingir ser
É silêncio para criar e não ter...
Ter razão para fazer poesia ou verso
Ou simplesmente ler a alma que suspira
Como um vento de brisa marítima
Que nos recorda a tempestade 
Tudo se mistura em meio ao caos
Seu destino lhes pertence 
A vida é seu caminho
De uma forma absurda
Toma para ti o universo 
E faz do antigo algo novo
No repentino silêncio 
Erguem-se milhares de vozes
Que ecoam de dentro de si
É ilha que não se atinge
Horizonte que não se alcança 
É o canto que faz descer a brisa
Que encanta a vida
Não são as verdades ditas
É o silêncio como resposta 
Que fecham as portas
E abrem as janelas
Portas jazidas de tempos remotos
Janelas de um céu estrelado e sem fim
Onde o firmamento é teus passos

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