Sopra o brando sul a desejar verter
Os horizontes de velas levantadas
Costeando o vasto mar de oceanos distintos
Um vento areado a navegar o ar invisível
Faz-me traspassar da realidade ao infinito
Que acontece no ato lançado de dentro para fora
Âncora da alma as palavras bem semeadas
Permanecendo como rochedos de proa
Que navegam mares estranhos e misteriosos
Que lançam prumo nas águas para direcionar
Além dos muros que cobrem a vista
Faz o corpo fortaleza a se lançar sem medo
Sem sol e sem estrelas
Não há deuses
Que possam provar nada
Porque tudo existe para determinar
O fim do que surgiu antes
Para fazer entender o amanhã
Só se compreende quem vive agora
Observando seus próprios passos
Para alcançar o propósito da vida
Porque a meia-noite suspeita
Então dormes como sonha uma criança
E faz como se já não houvesse o amanhã.
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