17 de novembro de 2009


   · Havia um longo e alto muro. Como se fosse impossível atravessar... Ou pular.
Era alto, e ele olhava do topo a sua longitude. Não havia buracos para se escalar, e não havia se quer uma escada para que pudesse subir.
Quando a primeira gota do céu veio a deslizar sua camisa como um orvalho. Ele olhou para o céu, e sorriu. Uma gota escorreu sua face, como se fosse uma lágrima. Lembrou dos sonhos deixado para trás. E fechou os olhos pensando no que sonhar, para realizar. As lágrimas se misturaram com as gotas cristalinas da chuva. O céu estava azul, além de maravilhado com belíssimas nuvens brancas e claras. Muitos o disseram que não era possível. Mas até mesmo a chuva cai num dia ensolarado de verão. Se virou vagamente, e então uma gota d'água debateu-se a uma pequena pedra, tão pequena que molhada parecia um cristal. Iluminou seus olhos. E então se abaixou para pegá-la... Seu peso era surpreendente, mesmo que pequena. O horizonte estava longe, e parecia coberto por uma nevasca branca, olhou para trás e sorriu fechando as mãos com força sobre a pequena pedra. Não havia ódio do que se foi, mas havia um sorriso pela surpresa que nem mesmo ele sabia. A chuva havia parado, e neste mesmo momento. Um impulso, o fez inclinar o corpo, e pronto para jogar a pedra ao alto. Fechou os olhos, e impulsionou com mais força, até que então... Jogou a pedra ao alto, fazendo que ela não mais caísse ali aonde estava. Ela havia caído do outro lado.
   · Havia um longo e alto muro. Possível de pular, e simples de atravessar.
O longe o horizonte parecia intocável. O céu se abria e o sol se mostrava quando então ele decidiu caminhar, para que do outro lado pudesse encontrar a mesma pedra que jogou, e pensou estar ali. Ela seria um pequeno objeto de sua busca, e se tornaria uma conquista em sua vida. "Pular o muro impediria que ele encontrasse o que tinha pela frente."
   · Foi o que ele pensou... Enquanto caminhava em frente, sem desejar pular nada.

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