18 de fevereiro de 2010

     A moça, interrompeu a conversa perguntando ao rapaz: ─ Como está a sua tarde? Ele suspirou de forma tranquila, como se aspirasse o perfume das flores do jardim e respondeu-lhe: ─ Minha tarde.. Bem! Ele fez breve pausa e parecia sorrir entre os disformes traço faciais, continuou: ─ Ela esta em suavidade. E um tanto demasiada devido as flores mortas no jardim. Olhou pra ela, como se não houvesse dúvida do que iria perguntar-lhe: ─ E a sua tarde, como está? Levou alguns segundos, até que ela sem delonga respondeu: ─ Está insuportável! Ele sorriu, com aquela resposta. Olhou para uma das rosas ali próximo a eles, e pegou a mesma como se pudesse ainda sorver sua fragrância entre as narinas: ─ Pelos céus... A verdade é que ela não esta insuportável. Mas se a vê desta forma, ela deixará tudo insuportável... Seguiu até um dos vasos ao lado do banquinho, e assim deixou a rosa ali em coma, sobre a terra um pouco úmida: ─ È como ver rosas mortas, e saber que logo terá outras em seu lugar. Ele silenciou-se esperando apenas por sua resposta. Ele foi interrompido por um homem que passava acompanhado de outra mulher, não pode evitar e escutou daquele homem: "Perdemos tempo em algumas ocasiões, mesmo fazendo aquilo que gostamos..." A tecelã do tempo apenas murmurou: "hum" O rapaz olhou para os dois curioso, e disse para escutarem: ─ Nós temos muito tempo, só não para emprestar. E quando fazemos aquilo que gostamos, utilizamos nosso tempo. E quando fazemos para agradar, perdemos tempo." O senhor, olhou para trás, e respondeu: "faz sentido..." O rapaz, conclui: ─ Se não fizer, podemos ao menos tentar de outra forma, amigo! Deu um passo para o lado, e ouviu-o mais uma vez dizer: "Claro!" A moça, que antes estava a falar com o rapaz, estava dispersa, ou talvez sem resposta. Uma paragem no tempo para um novo lugar...
        O Poeta, o Filósofo... A tecelã do tempo, e a simples Mulher."

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