24 de agosto de 2010

Naqueles fins de tarde
Era de demasios sem fins
Mas não existia se quer um fim
Em mim, eram fins de tardes
Demasiadas, que se findava
Para os anoiteceres de luares

Moviam-me com mentiras sinceras
Percorria os gris das calçadas
Que estavam cansadas dos meus passos
Não se tinhas fins ...
Tecelava meu tempo sem fim
Naqueles começos de dias

Firmava-me em saber saber das coisas
Que não eram só meracidade de coisas
Era o canto dos pássaros ao infinito
Os vais e vens, as coisas
Que não tinham as cores
Mas as cores, tinha-se em todas as coisas

Formando uma vida ...

De momentos melindrosos
Os muros sem vida e cor
As cores que buscavam os muros
De letras que se formavam palavras
Dos carretéis fechados com linha
Me abria um pensamento ...

Sobre uma coisa que nem mesmo se via ...

Mas existia e talvez
Esteja agora perto de você!

Não são as coisas que vejo ...

São as coisas que sinto
Que removem-me dos lados
Avante-a-sia dos meus passos
E construo uma geração
deixando de reconstruir
Ao que já fora feito algo antes

De um largo sorriso
Que atrai os ápices
De existir e ser uma coisa
O sol se esconde agora.

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