8 de março de 2011

"Eu que não acredito nas coisas pensadas e que não vejo, tenho a morte como inexorável do sobrenatural. Não temo mal algum que habite numa caverna escura, pois é lá que pode esconder o meu tesouro, que sim, esta muito mais além do que se pode ouvir. E não haveria uma normalidade absurda a constranger-me pelo futuro que não vejo ser tratado com dolência. E não costumo o feitiço que nada muda, sou o trem que parte, a âncora que fica e amanhã volto sem o medo do ontem, de não existir hoje. Não cultivo a fé que oculta minhas verdades, exponho minhas verdades para simplesmente demonstrar minha fé. Eu que imagino nuvens de água, não costumo opinar sobre vidas que desconheço, mas as conheço para depois diversificar por serem diferentes das demais que já pude ajudar. Não cobro nada, não tenho consultório e não sou nem um psicólogo que parte porque não sabe o que fazer por se frustrar. E mesmo que amanhã eu volte com outros assuntos, alguma coisa teria mudado no instante em que disse isso tudo, hoje tive pesadelos, como também alguns sonhos. Entretanto os sonhos que me fazem lembrar, os pinto com a realidade, os pesadelos, os jogo no lixo. Logo depois de sair da porta do quarto, ali ao lado tem uma pequena lixeira, onde costumo jogar as coisas que não necessito. E mesmo que eu não necessite de algumas coisas, eu ainda guardo o que não vai mudar o que não quero. Atrás de uma nuvem de água, vejo a paisagem pintada como numa tela de cenas lívidas, onde amo a uma mulher que chama-se Lêda Mikaelle, e mesmo que amanhã ela volte com outro feitiço, sei que será só amor. Porque nada vai mudar isso, o que sinto. O que penso, é ocasional, se for mesmo verdade que as nuvens de água me mostre isso. Meu sol quando se esconde, se faz presente no meu teto, como uma tela de dois olhos radiantes que não para de viver. Não gosto de "Reconstruir" costumo "Construir", e neste momento, meu pensamento partiu.
"Não se vive o passado reconstruído, só se deve viver o futuro construído."

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