Venta e palpita o tempo
Penumbra á noite escura
Onde somente alumia a lua
Oh! Começo sem fim
Estrada sem rumo e cores
Onde se alcança uma visão
Que desenha as entradas
Uma vida solitária,
Não infeliz, desnuda
Destes males que vagamente
Assolam as entranhas das portas
Que se trancam, hora em hora
E se desprendem as videiras
De muros altos, e caminham
Buscam finitamente o descobrir
Desce uma brisa estranha
Que transforma o momento
E trás de volta o dia
Que aquece os olhos, engrenam
Sentido da vida em abrir esta janela
E dar o respirar ao jardim, solitário
Que nunca fala, nada pede
Sempre com a mesma visão, suas cores
Que lucidam meu ser em existir
De dentro para fora, uma alma
Que nunca se perde, se acha
Sobre aquilo que lhes foi perdido."