"Delira o vento que sopra
Trazendo maldições aos olhos
Que de mundanos, se estreitam
As ilhas e becos escuros
Uma sensação de ter vivido antes
Isso que passa aqui, não acolá
O além-do-além saltitando
Sobre telhados silenciosos
Onde dormem abaixo as crianças
Sobre trevas que trazem os pensamentos
De seus ancestrais, que pouco cuidam
Deixam, abandonam e perdem
O sentido da vida, os olhos suscitam
Vagueiam os passos para lá de cá
Onde corre um pensamento
Solitário que de pouco a pouco, vai se achando
Em pedaços de griz de uma calçada qualquer
È que estar só, vive-se o impossível
De nunca falar o alheio das rodas
Mas pensar com o coração e ver com a mente
Falecendo as ternas ilusões
Da vida que nasce para a morte
E partem todos os medos e temores,
E vai sempre além-do-além
O funeral de um dia que se vive
Dando luz a noite que nasce
Novamente uma flor, que também morre
Num jazigo acinzentado frio e mórbido
Mas lá, onde se vai a espreita da solidão
A flor que nasce, perfuma, estampa
Um campo vasto de criações
Que somente por si só, se pode realizar."
Uma noite enluarada//
6 de abril de 2015
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