17 de julho de 2017

Aquilo que tudo machuca



Os fantasmas tornam aos ouvidos
Estórias que não se vive e mem se vê
O inferno em profunda fervura
Quebrando os galhos, que se quer possuíam flores

Limosas plantas se desfazem, lamúrias ocultas
Por gestos antes impensados, fulmina o corpo
Destilando nos pensamentos a sangue
Maléfico modo de não existir e inventar a própria destruição

Pisca e encara fora da realidade
Cega e mente a colheita em inferno de combustão
Sementes mortas, fruticando o ar das mentiras
Condenando-os as ilusões de seus labirintos

Os andares amaldiçoados, abandonados
Como profetas pelas calçadas
Que nada vestem, mas não se entregam ao sistema
Que conduz e desfaz os sinais que criam

Laqueando as mesas com cremes caros
Onde o gosto é de podridão sendo mastigados
Aos dentes ferventes de glórias mundanas,
Pisca e encara! Mestres e esquadrilhas suicidas

Para as faces sonolentas, fora de tempo e órbita
O suor de gotas de açúcar escorrem
Como linho de morte e nem percebem
A morte falar em tua língua e escorrer o funeral pelos dentes...

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