9 de outubro de 2017

A minha alma, ressuscita

Tão baixa nuvem desce
Cobrindo os olhos da realidade
E há um suspense interno
Vazio e inóspito em sua profundidade

Os papéis sobre a mesa, a ventania lá fora
A morte caminhava na minha varanda
Imóvel sentimento evadido pelo silêncio
Sepulcral estação, passageira minha e invisível

O frear repentino a despertar o asfalto
E eu acordo, a âncora da minha alma...
Perdida a abandonar-me na minha razão
Havia cessado uma guerra atroz

Há uma falta, mas nasce o poente
Daqueles negros olhos quietos
Agora sou uma tela, quase irreal
Que no mundo dos vivos, declina

A existência de uma mera coisa
Que morta, faz nascer a minha vida
A minha alma, me acha, pois estive perdido
Feito de riquezas mortas...

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