6 de dezembro de 2017

Refinaria do caos

Os sons das sirenes a alertar o tombar de mais uma vida. Antes contida e cheia de pensamentos, agora só um saco de ossos. O coração que cheio de esperança bate a palpitar se haverá mais um dia a chance de estar de pé entre  destroços. Pedra que cobre a terra, e prédios que ofuscam  a luz do sol. Curvas perigosas estas em que findam pequenas ruas as grandes avenidas, o branco da faixa já manchado pelo óleo feito sangue negro da engrenagem ligeira pelas pontes e rodovias cheias de almas que flutuam sobre homens desalmados e apressados para suas cadeiras que iludem o conforto de seus doce-lares. Pois as outras, são o cansaço das filas que as pernas já velhas e cansadas não podem suportar. Sentam-se as mesas vis de servidão aos erros que não se podem ter emenda e nessa mesa, onde senta os homens a provar do vinho que trás a malícia, a alma distante, deixa além de um corpo uma mente submissa ao resquício de uma faísca qualquer que cai em meio a chuva. A imprudente satisfação dos prazeres transbordante do mercante a castigar lombos deixando o jugo pela sua legalidade. Óh, esse fúnebre olhos atentos ao nada que parece tudo.
"A perfeita ilusão de que o mais importante nos incomoda.  A condução que leva para longe o sentido reverso da realidade."
Se ele ou ela parasse um simples segundo para recolher aquele meado de papéis jogados a calçada, um novo sonho surgiria, a vida agradecida seria e o caos pelas águas correntes da chuva, seria desfeito como todo vento não poderia levar para as entranhas sem saídas. Assim como a morte em sua pressa de passos invisíveis fazendo o homem tropeçar em si mesmo pelos olhos que mesmo abertos não podem sentir as coisas como elas são, mas procuram e querem viver. Refinaria do caos...

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