23 de março de 2018

Cadunt altis de montibus umbrae

[As sombras caem dos altos dos montes; Anoitece]

Porque a noite também se revela e fala
E ela silencia a distração do dia que passa
Sempiterno para as tardes vãs
Montes distantes de confrontos férreos

Como cordões que te afrontam
Brando sonho a querer submergir-se pelo alarido
Do som aos trilhos que podem descarrilar
Abrasa teu ser e oculta teu coração

Tu és jardim de flores que não fenecem
Erva inebriante da mirra de Jerusalém
Fonte de águas rasas e limpas
Onde se banham os pássaros e nunca se perdem os peixes

Tu és sentido oculto do teu linear
De uma coluna indispensável para alicerçar
As vindas dos ventos que te sopram
Tu és o vento e o sol e a chuva e noite sem fim

Sonho sem sono/.
Flutua, não submerge
Transitório vento/.
Que tu mesma faz soprar e levar estas cinzas.

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