14 de julho de 2018

Quis escrever nas noites mais frias e longas das quais cada um dos meus pensamentos eram naufrágios. Mas não fui permitido a escrever com pena e tinta, por que no meio daquela densa escuridão eu precisava ver as linhas retas que fariam meus olhos à Folha amarelada e já antiga.

Vi nuvens sem água levadas pelo vento
De uma parte para a outra, estavam duas vezes mortas
Tudo isso, antes mesmo de se desfazerem ao serem levadas
Desrraigadas folhas soltas pela mão da estação de inverno
Impetuosas ondas do oceano, escumando abominaçoes
A vida já havia anunciado a minha morte
E para tudo que havia ao meu derredor:
Estava eternamente reservada negrura das trevas.

Então, saí dali como quem sente o vento
E consegue tocar o sol...
Ali estava ainda a pena e a tinta
E eu era cada página escrita de uma história sem fim
De autoria invisível é intocável
Que domina cada evento dentro de cada um de nós
Nos direciona como bandeiras e nos guia
Porque somos caminho e bússola.

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