E que faz-me viver nestas eiras perdidas das estradas
Desnudas da vida de homens quaisqueres de iguais
Seres de areias que desfazem ao vento do Sul
Nunca são norte sem fim, mas pontes para tolos motins...
Sou tempo escrito nas estrelas que cabe a terra
Constelação que não cabe se ser algum
Sonho distante em tempo sem fim
Que encomenda o silêncio para festejar as chegadas
Que também partem no instante que caçam-me
Como presa intocável de espírito livre e indizível
Sou fonte das águas de rios inexploráveis
Tecendo campos de lírios a vestir o horizonte
Alma vindima de um corpo solstício
Que adormece no inverno
Para dar vida ao verão de flores
Que somente nascem na Primavera,
Sou estação
Onde pousa a borboleta lilás
Que tece a vida
Na nascente da lua que mingua."
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