16 de janeiro de 2019

Ursa, Órion e Plêiades em póstumos versos

O degelo se torna turvo e arrasta consigo a neve e faz encher os rios
Pesando a areia de todos os mares
Se descobre que não medem as palavras

Palavras que fluem como na seca
E no calor desaparecem dos seus próprios leitos
Cessam de fluir as verdades no tempo
E as nuvens cobrem os olhos de quem vê

Porém quem vê,  não sabe o que achar
E faz perder teus gestos desviando de sua rota natural
Seguem para lugares desertos de corpos inteiros
E se encontram com à morte nas entradas

Suspiram nas sombras escravos pensamentos
E o repouso do entardecer se desaparece
Numa nuvem espessa de mórbidas  imaginações
E surgem noites destinadas à morte. ..

Destilam fragilizadas sensações vazias
E brotam plantas no solo em seu lugar
Porque enfraqueceu tuas raízes
E o que nasce em teu lugar,  nasce com póstumo louvor.

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