O degelo se torna turvo e arrasta consigo a neve e faz encher os rios
Pesando a areia de todos os mares
Se descobre que não medem as palavras
Palavras que fluem como na seca
E no calor desaparecem dos seus próprios leitos
Cessam de fluir as verdades no tempo
E as nuvens cobrem os olhos de quem vê
Porém quem vê, não sabe o que achar
E faz perder teus gestos desviando de sua rota natural
Seguem para lugares desertos de corpos inteiros
E se encontram com à morte nas entradas
Suspiram nas sombras escravos pensamentos
E o repouso do entardecer se desaparece
Numa nuvem espessa de mórbidas imaginações
E surgem noites destinadas à morte. ..
Destilam fragilizadas sensações vazias
E brotam plantas no solo em seu lugar
Porque enfraqueceu tuas raízes
E o que nasce em teu lugar, nasce com póstumo louvor.
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