2 de março de 2019


Enquanto eu estava a ver o sol luzir nas folhas
Diante da janela do alto de um prédio
De uma rua ainda desconhecida
Sentia toda a brisa no meu rosto
Não quereria mais nada, senão a tu
Que me pode o destino conceder a desejá-lo
De mãos a pintar, deixou-me o retrato sem imagem
Melhor que o lapso sensual da vida 
Entre uma ignorância destas?
Sábio deveras o que não procura ser ou encontrar
Que, procurando, achará um  o abismo em tudo e em coisa qualquer
E a dúvida em si mesmo para além de tu
Colocam a dúvida onde há flores e luz
Damos quase tudo do sentido a entendê-lo, não!
E ignoramos, pensantes mares, somos ondas
Estranha a nós a natureza externa do nosso ser
De um pensamento que não somos
Falamos assim dos outros
Uma ausência clara e extravagante
Campos ondulam, flores se abrem, dão-se os frutos
Cora a manhã , e a morte sem razão
Aponta um falso norte e desfaz a ponte 
Terei razão, se a alguém razão for dada
Quando assim a morte conturbar a mente
Porque me tiraste a sensação de amar-te
E já não a veja mais...
Que à razão de saber porque vivemos
Nós nem a achamos nem achar se deve
Impropícia e profunda existência.

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...