Sinto-me como os orvalhos desta relva úmida
As minhas plantas crescem e as minhas flores brotam
E vejo que ao passar do ventos, orvalhos sobem
Ao ar parado, descem vagamente...
Um movimento monumental e despercebido
Um ciclo perfeito como o nascer do sol
Após um dia de chuva intenso e frio também
E nada se repete mesmo com movimentos iguais
Pois o que passa, passa com seu motivo de passar
Deixa a vaga saudade de um tempo que não volta
E se chove nos pensamentos, somos rebento
De rios represados a rasgar a terra, a encontrar o leito de origem
Me bastava existir e sentir o ver o vento nas flores
E nas plantas que ao pé da janela se banham ao sol
De uma manhã silenciosa, onde se ouve os pássaros a cantar
Anunciando a chegada da lua distante, minguam as águas
Um lugar secreto, chamado mente
Que permite os olhos ver, sentir o coração
Mas o espírito elevado num corpo movimentado a sentir
Sentir, todas as coisas...
Se torna o mecanismo manual
Que tudo torna simples a girar
Como num ciclo natural, em concordância
Consigo mesmo para compreender o mundo exterior
Fora do seu mundo, que é a sua alma
Grande, mas não cabe o mundo dos outros./
(Cintilante feito estrela)
(Cintilante feito estrela)