"O fogo nunca dorme e nem se apaga
E o amor é o fogo que não arde para machucar
Mas trazer pureza aos olhos
E fazer com as mãos juntas, colham
Mas antes semeiem e reguem
E então, as águas se juntam ao fogo
Como a eira de uma montanha que adormece seu vulcão
Mas que tão ardente, faz as águas borbulharem...
E não são como canções que iludem
Ou livros que nos faz ler apenas um pensamento
O amor é mais ciumento que a morte
Que não passa de uma sonolência que não refletem...
"Um/" não pode ser o fogo e o outro a lenha
Pois a lenha queima e assim acaba o fogo
Dois precisam serem o altar para receber a lenha
E depois aceitar o fogo, que é o amor...
Os pés ali se aquecem, e as mãos dadas dão a segurança
De que o inverno lá fora, não passa de um inverno que passa
O vento nada diz em seu passar, somente cumpre teu dever."