E faz moverem-se pensares
Que nos pesares da existência
São complexos e contínuos
Formas sem cores sólidas
Como fontes que removem
Intuições que não são nascentes
E que tornam a passar
Por entre o nada a tudo ser
Sem tais metades e meias verdades
De um pequeno espaço a desfazer
E que se recria no aproximar da estação
Passageira como todas são...
Entronizam os segundos as horas
Ao relógio em seu tiquetaquear
Que sussurram seus palpites seculares
Momentâneos ao badalar tua força
Pois sabe bem parar o sol
E faz simples surgir a lua
Dá nome a cada estrela
E além das nuvens, oculta o entardecer
Sem presumir suas sensações
Faz do elogio metáforas
Sem títulos a alma...
Ao longínquo porvir inenarrável
Que não cabe num ser comum
Mas indiferente a existência do mundo
Entre o natural e sobrenatural
Em que surge um respirar
Protelando sentidos e formações
Para que viva o espírito
E pleno seja em tudo e para-tudo
Em nada lhes sirva o mundo visível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário