Porque foges de mim?
Escapa por entre meus finos dedos
Que se entrelaçam no delírio frio do meu corpo
De uma noite gentil que dispara sombras
"Sombria-mente" nas baixas entradas dos vilarejos
As portas debruçam corpos distraídos
Porquê de mim foges, óh morte?
Eu que tanto te venero e desejo nas entranhas do meu espírito
Sentir teu ar num beijo frio a me puxar
Para um canto onde tu é rainha
Paraliso meu corpo para que minha sombra te aches
Em qualquer lugar escuro a trilhar
Magnífico delírio que realiza maestro silêncio
Dos vivos que temem a ti, Óh morte
Porque não me envolves com teu beijo?
"Óh morte eterna...
Toma-me pela alma
Dá-me a sensação do teu espírito
Não foges de mim assim
Quando te sinto, logo passas
Em meu perfeito exílio
Espero teu amigável existir, sentar-se comigo."
Deixa-me adormecer em teus seios e sonhar
Em meu leito a delirar, quero teu toque
Simplesmente para me levar ao sub-mundo
Onde não há razão, vem e beija-me...
Enquanto cantam as bruxas
Emergem uma falsa magia sobre a terra
Porque fazes-me sofrer, Óh vida mortal?
Desejando a ti como se fosse a morte
A cidade vai dormir. ..
Pouco som há aqui
Chove como grãos de orvalhos
"Porque te escondes de mim?
Óh morte silenciosa!
Sombria e inóspita
De inenarráveis sentidos
Perfeita e sinfônica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário