21 de agosto de 2019

Talvez não tenha eu dito

Mas é necessário deixar livre o que amamos
Nos abster dos sentidos parados e decolar
Como quem sonha alto e só
Para aproximar -se do inédito e extraordinário
Que passa, mas deixa a deriva o que se esvai
O mundo que dá suas voltas e nem sentimos
Nos faz bailar numa valsa eterna
Em que há ruídos que transtornam
E que n'outro tempo não são  mais nada
Muda o tempo e as horas param e se quer vemos
O que realmente importa como o que amamos
Confiar em si e ser parte do  outro que nunca parte
E que nos leva a um ponto de partida para recomeçar
Sem a acusação da consciência que nos faz ser livres
Da obrigação de mudar os outros, mas aceitar
O que se vê como é sem presumir simplesmente nada
Pois coisa desnecessária é mudar o que veste os outros
Por um ocasional querer que não nos pertence
Deixemos cada dia cuidar de seu sol e da chuva
E nos encarreguemos de mudar em cada um de nós
Os laços corruptíveis que não são
Se não eventos estranhos de um sentido parado
Que a nossa sensibilidade agracie o sonho
E nos realize sem tomar o tempo e espaço dos outros
Porque amamos sem saber porque amamos
Porque só o que se pensa pode ser criado e desfeito
Mas o amor nos ensina a superar evoluções que diminuem o sentido
Sentido da vida pela sua formosura e infinita beleza
Que somente a alma pode nos expressar.

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