24 de setembro de 2019

"Associo-me em pensar (profunda-mente)"

Na magreza do corpo
E nos olhos fundos
Na ausência dos prazeres
E na ausência das piadas

Como uma penitência
Banho-me no frio frequente
A jejuar as ilusões da vida
Com horas de silêncio

A apreciar a alta madrugada
Sobre desertos inóspitos
Tenho as unhas limpas
E as mãos calmas por movimentos claros

Meus olhos são vitrais da alma
Numa auto-humilhação sem palavras
De gestos solenes e sinceros
Proclamo assim um poder inabalável.

Preciosidade

Amanhã serei silêncio

Silêncio de um homem cansado  De tentativas errantes Mas que foi feliz ao semear bondade  Um choro reprimido agora partido  Deixo escrito o ...