29 de abril de 2010

[ O incerto & Duvidoso ]

Cris... Com seu jeito de uma doce, Beatriz... A companhia do Luar sentia frio. Não era diferente dele que também estava entre paredes frias. Para também o frio sentir... Agradável quando então, nada mais se sentia, a não ser a vontade de conversar... Ela então lhe perguntou;

    ─ Me fale das suas inspirações

Em qual sentido... Das que tive? Que quero? Ou das que virão! Ou de todas?

    ─As que teve... Só para começar.

Das que tive, pouco me lembro. Mas as vivi...

    ─ E as eternizou... Suponho

Sim! Não sei se da forma que pensas, mas serão eternas enquanto puderem ler sentir... Não como as, Beatrizes, que nada sentem! Mas sim, como interpretam, aquelas coisas todas feitas.


    ─ Às vezes me pergunto se não será a poesia a melhor forma de fazer história... Nela há mais do que a inspiração, há também o poeta e seu mundo. E quando o poeta se mostra pela poesia ele mostra muito mais do que a face... Ele mostra a alma.

E quando se pergunta! Pode-se ter uma resposta... Por si só, é como se ficasse a vazão do nada, até termos a quem nos responder aquilo que ficou pra trás. Às vezes nos perguntamos, deixamos. E enfim uma resposta. Gosta disso?

    ─ Gosto... Nem sempre quero as respostas.
A falta de mistério mata o meu lirismo amador
‘Risos’

Para que possa se sentir viva tendo dúvidas... Como termos perguntas a se fazer, e quando elas se tornam importantes. As respostas tornam-se soluções

    ─ Não creio que as respostas possam tanto.
    ─ Quase sempre elas me fazem perguntar mais

Quando as perguntam que querem resposta, não se precisa crer. Mas sim ter a resposta, e quando não há a pergunta, de certo uma resposta não poderá nada.

    ─ Sempre há uma pergunta. Somos seres ávidos por respostas

Somos seres que às vezes nega uma resposta com medo do que ela pode nos trazer ou sentir.
    ─ Medo... Que grande prisão é essa

Medo... ‘Risos’

    ─ Sim... Medo

Não há medo... È como se ouvisse uma história de terror e focada nela estar. Reage com arrepios e sustos, e quando se passa a imaginar o medo, através de suas reações você o sente, ‘Risos’

    ─ Não é tão simples assim... O medo está em todos

È simples... Da mesma forma que insistimos em não ser, pode ser. "Não que seja, mas que possa ser..."

    ─ O que você teme caro poeta?

Eu não vejo algo pelo qual temer... Não que eu seja durão, sobre a escuridão, mas se tenho uma vida, posso deixar de temer e arriscar quando me vier o temor.

    ─ Eu gosto da sensação de enfrentar o medo... Mas para isso é preciso ter medo

   ─ Que graça teria a vida se tudo fosse certo e bom

    ─ Você me confunde com tanta segurança

Não teria graça... Digo isso porque nada em mim são certos e sempre bons! Mas é feito de uma forma desejada... Quando não agradável, ainda se dá para continuar mesmo quando não consigo. “Risos”
E então... Acho que teve resposta, pelo menos pelas quais tinha curiosidade? Sobre mim...

    ─ Algumas... Apenas algumas

De qualquer forma, sente-se satisfeita e confusa?

    ─ Mais confusa e nunca satisfeita

“Estando confusa o sentido da insatisfação, tornar-se algo bom!”
Se não é, eu quero realmente descobrir,

    ─ Sim... Gosto de sempre querer mais

    ─ Você pode descobrir. Veja com outros olhos

A cada momento, novos pares de olhos... Verei sim, por este ser mais um que vivi. Deixando de uma forma que gosta, e não de uma forma que lhe faça não querer.

    ─ Poeta... Você me prende com suas palavras

Você sente-se assim, porque antes seus olhos nada viram, para que pudesse sorver, é uma sensação boa. Mesmo quando algo soa contraditório compreendo bem que isso nos faz não querer, mas quando persistimos, nós fazemos quererem, porque nós sempre estamos a querer algo bom...

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