18 de abril de 2016

Porque era preciso afogar os sonhos
Deixá-los a deriva a desaparecer
Um estado longínquo sem volta
Ir tão longe não era preciso
Que estar quieto bastava
Impedir o movimento e deixar
Tudo quanto submerge  também voltar
Detratar  cada instante e fluir
Feito o rio que se dá ao mar
Ser raízes que fincam a terra
E quando molha, mais profunda terra
Não ao fundo, mas adiante do caminho
Abandonar qualquer estrela finda
Que brilha, mas sempre se vai no amanhecer...
Que há de impossível se existe o mundo?
E qualquer tipo de crime aceitável?
Que lutem os anjos e os demônios
Por qualquer  tolice sem valor
Sempre precisamos alcançar
Aquilo que chama-se libertação além do sentimento de aceitação
E assim, além-mar, criar
Para que os que matam, morra
E nós possamos vencer a morte com a vida...
Sem a ideia do que se criou o homem,
Mas notando que há mais de nós por dentro do que aos exteriores.

Preciosidade

Amanhã serei silêncio

Silêncio de um homem cansado  De tentativas errantes Mas que foi feliz ao semear bondade  Um choro reprimido agora partido  Deixo escrito o ...