31 de dezembro de 2016

"Sim, muito se passou, até aqui
e agora a engrenagem, gira, roda
dispara e encerra mais um círculo
do qual passamos, como tudo passou

Em dias e horas, em altas marés
diversos segundos, e devastantes tempestades
que nos soaram o medo e nos deixou
em casa para refletirmos em nós, o que somos

Estas reviravoltas, em desastres que não mudam
antes eu tivesse esquecido de estar, viver
fazer como quem se quer compreende, e fluir
como furioso rio que rasga a terra e vai pro mar

Seno eu meu leito de origem, estaria acolá
a mover os momentos e nada estaria perto de mim
senão aquilo que nos faz bem, como mares de bens
deixando a deriva os pesadelos, transeuntes alheios

Não é o fato de acabar um ano, que nos envelhece,
mas cada dia que se esvai, e deixa
em nós a certeza de que crescemos, e pouco somos necessitados
de tudo quanto fazem igual, sejamos diferentes,

Indiferentes ao mundo decadente,
Não há festas, mas depravações...

Preciosidade

Por milhares de noites...

Pelo rasto desta sombra que caminha comigo Me afogo no silêncio de um grito apertado  Dolorido, mas que só a alma sente  Coisa essa que não ...