30 de maio de 2017

O mistério que há entre a sombra
Da tua face, por onde desliza teus fios claros de cabelos
Desnuda meus sentidos todos a descobrirem
Ora, há uma graça invisível no teu sorriso oculto
Por entre as linhas que desenham teu rosto
O encontro dos rios ao mar que há em teus olhos
É como silenciar as palavras,
E encontrar a canção perfeita, que há também no oculto
Mas de teus profundos pensamentos
A serenidade que se vai em seu tempo
Trazendo em vã aquela tristeza que se passa, sempre
Que te toca, mas em nada fica, se parte
Como quando surge o mesmo sorriso escondido
Diante deste mar, que tudo se perder
Há de haver e encontrar as razões profundas
Deste todo mistério que há em ti,
Que me faço a pensar se apenas escrevo?
Sem um ensaio, me perco as ondas do tom de sua surda voz
Pois nunca ouvi, mas sussurra o vento á janela
E invade este cômodo...
Onde havia certa inquietude, devastada ao vento
Como ordem desta onda titânica em movimento
Quem dera as nuvens deslizassem os nosso sentidos
Desfazendo-se como papéis ao fogo
Poderíamos nós ser o mar que vemos e não tocamos?
O desejo de ter tudo, sem saber que tudo não cabe dentro
Há um canto oculto na forma de teus lábios
Há um movimento que leva pra longe os males,
Um movimento dentro de ti, que se quer posso entender ou ver
Mas como não sentir isso como as ondas que toco!
De todas as gentilezas, deixo ser apenas a verdade escrita
Pois ser gentil, é como querer ter, não apenas ver e sentir
O que por nós passa, gentil em nós, é a alma
O corpo um intervalo entre a vida e todos os confins...

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...