28 de maio de 2017


“Essa verdade, que vem se refinando
Ao longo desta vida transbordante
Nos tornamos bagagens e migalhas
Diante dos horizontes gigantescos;
Encobrindo os impossíveis
Que somente estão d’outro lado
Nunca distantes, como nós das coisas
Partimos os sonhos ao meio
Sem perceber, porque construímos
Mas não realizamos por só imaginar
Se o gesto vier, ah, se o gesto vier...
Vamos além destes remotos estranhos e longínquos
As paragens dos trens as estações
Que nos levam aos princípios de tempos
Partidos pela metade daqueles sonhos
Não realizamos o sonho inteiro
Porque estamos entre o intervalo
Que há entre a vida e a morte
E não sabemos escolher,
Se vivo realizamos
Ou se morremos quando partimos
Ao sono sem sonho de realidade
Provocamos os ecos ocultos em nós
Que nos causam indefinições, do que somos
E para onde estamos indo!
Tememos o desconhecido, porque não o temos
Justo como o que impede de nos realizar,
De transformarmos, idealizarmos o revés
Das impossíveis tolices
Sobressaltemos os vales, movemos o montes
E ao sopé da montanha, sorrir
Porque podemos subir, mesmo com as mãos calejadas
No fim de cada percurso que iniciamos em nossas vidas
Somos o caminho que o sonho em nós, quer viver.”

Preciosidade

Amanhã serei silêncio

Silêncio de um homem cansado  De tentativas errantes Mas que foi feliz ao semear bondade  Um choro reprimido agora partido  Deixo escrito o ...