10 de julho de 2017

Chuva silenciosa

Um trovão parte o céu, e clareia meu horizonte
Rompendo as mentiras e cordões
Nos ligando a vida, hei Senhor
Cego estive pelas veredas e ruelas
Não havia luz, nunca pude pesar minhas mágoas
Assim, não foram dores, nem tampouco ruínas
Lançando raízes, um dia acordei
E não mais era eu um sonho, mas um plano...
As nuvens percorrem e encobrem o sol, mas se desfazem
As faíscas das brasas se levantam e voam
E sobre todo campo, às águas correm
Escolhi assim, não ser o mar
Mas a fonte, que faz nascer os rios
E regar os carvalhos e pinheiros
Eu escolhi imortalizar minha alma,
E aniquilar as ondas das minhas imaginações
O mal que assolava o mundo, em mim, não tinha efeito
E quando eu encontrava as trevas
Minhas tempestades faziam atemporal
E lá, além do além, eu no oculto deixava de existir
E suplicava a voz que acalmou os mares.
E se viravam as páginas, e tudo se fazia novo.

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