Caindo a noite, vejo as estrelas, incontáveis
A luz que está além desta mancha humana
Faz-me calar e sacrificar meus anseios
Para que eu possa ver além dos desejos humanos
Outrora, aqui chorava uma criança
E agora ela sorri, como flor a nascer
O mundo é uma inércia, e são fantoches
Transeuntes da madrugada, amantes de corpos
Minha dor em mim se cala
E vejo daqui sentado
A tempestade além das ondas
E não posso me calar neste caminho
Porque meu passado se perdeu de mim
Sinto um deixar de mim, e chega
Como habitação intocável, sou altar
Feito um simples instrumento,
Que se deixa tocar, infinita canção
São rios que guardo
Sou comporta que se abre
Rios e eiras para o vasto mar
E comporta para suportar as tempestades.
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