6 de agosto de 2017

A minha febre de sentir

Diminui a pó os trilhos, os vagões
Que pesam e arruinam as terras, os campos
Derriba as fontes longínquas, corriqueiras
Aproximando-me dos extraordinários

A minha febre de sentir, leva-me
Para andar, ao meu lado oculto
Nem em torno da esquerda,
E se quer o que vê pelas direitas

Afinando essa canção, como quem canta
Mas se faz mudo, quieto e todo silêncio
Para ouvir o entoar dos bicos dos pássaros
Que migram do norte ao sul,

Nem bruxas e nem sol que aquece o corpo
A alma transpira em pensar, medito
Esta distância entre eu e as realidades
Súbito caminhando de mãos dadas

Porque a companhia do outro, me desepersonaliza
Não é egoísmo meu querer ser só
Pois não nasci escravo, e aprendi a amar
O que que em mim, é distante

"E somente realizo
Em perceber
Qual canção
Me compõe."

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