11 de agosto de 2017

Porque eu gosto do que não existe

Porque me ilude tudo que vejo
E sem mesmo ter a razão, chega e passa
Muda e toma meu tempo,
Faz-me tanto pensar, e digo sim

Se eu movesse a ponte ao leste
Certo de que chegaria a todos os Nortes
Sendo eu movimento das águas
Ondas titânicas, prazeres profundos

Farol do sul para limiar o leste
A eira da tempestade, o relâmpago reluzente
Que ilumina vastos e campos mórbidos
Esquecidos pelos nãos que enterram as certezas

Gosto do que não existe,
Porque torno real mi'alma que cintila
Pouco importa o sentido do medo
Pairo entre a parede e a luz do sol

Calmo no meu silêncio
Interiorizando o canto que só, eu ouço!
Disperso, existo além de mim e o que vejo
E então, dou nome ao que não existe

Versos ocultos, linhas que aquecem
Como sol desta manhã, canso de ser
E começo a servir a natureza
Para dar vida ao que está morto.

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