19 de dezembro de 2017

Desenhos vitrais inconscientes



Cidade fantasma de uma mata inaudível
Cortinas de cetim e carmesins
Há algo lá fora! Se ofusca dos olhos
A espreita da porta imóvel
Ao meado do vento de um estardalhaço
Arrastando as folhas secas
Que buscam abrigo como os morcegos
Em suas moradas escuras, cavernas irreais
Existentes dentro de outro mundo
O sonho vagando inconsciente
Despertando veemente os riachos
Além das trilhas mortíferas pelas tuas eiras
Se escondem ás sombras, enriquecendo o olhar
Trilhos mórbidos, onde camufla as raízes
O silêncio que fala da noite suspensa
Carrega a fragrância de uma flor
Se acende a fogueira ao cobrir o corpo febril
Olhos perdidos as vitrais da alma inconsciente
Figuras que assolam o males das paisagens
Para longe do sentido íntimo, ali e ponto
A luz que dissipa as sombras
A suportar o próprio calor emitido
Que nunca conhece os ventos
Trilhas de um pensamento chamado, mundo
Ássomos de sonhos perdidos
Espelho de luzes frágeis
Jazendo profundo adormecer
Espectros de trovoadas
Que desenham um infinito horizonte
Onde estranhamente caem
Milhares de estrelas, além-do-além.

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