Nascemos sobre todas ás coisas, porque enxergamos
Tudo muito nos parece distante pelas ilusões
Que são só notícias e tudo estaciona, neblina dos olhos
Tudo é possível, no imaginar de cada pensamento
Um mundo que podemos recriar
Totalmente fora dessa mecanização mortal
Chega de engrenagens, sons de festas e ressacas insanas
Busquemos a vida em tua plenitude, a ponte
Cruzar as estradas e cegar o passado
A cada passo sentir e ver surgir a estrada que nos espera nesse caminho
Sem obsessões ou possessões da existência, ter o domínio de si
Da ciência do corpo e dos sonhos, nossos
A sensação de que neva e posso tocar no orvalho
Que rega a relva em sua imensidão, não é a neblina
É apenas os olhos, o segundo e isso passa
A fronte do riacho coberto, imenso mistério
O chiar e chacoalhar das folhas das árvores
Mergulho em apenas o olhar, e ele transcende
Sabe que estou ali e ouço teu agitar, as ondas
Junto aos ventos invisíveis
Não é um corpo que preciso, mas do que está ali
Diante dos olhos,
E me basta sentir e ver
Como te busco e sua imagem me completa
Porque tu és meus interior,
Minha flora Keile de lindo lilás/
A criação sem as nossas mãos
Dando o fruto no cacho
Em que os pássaros lindos se alimentam
A ponte do rio para a estrada
E a noite vem caindo, após o derradeiro dia
De sol e gotas cristalinas de chuva de orvalho
Sem pensamentos, mas com a graça de recriar a imaginação
Esperar e deixar ser, surgir, porque é amor
A monção dos montes e outeiros
Toco e sinto, e isso realizo, te busco e te encontro
Descansa a alma, e flutua o corpo a realidade
Descubro aqui no alto dessa colina
Que toda águia faz teu ninho em meio aos espinhos...
Pois assim aprendem a voar, não a ter apenas os pés no chão.
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