5 de dezembro de 2017

"Porque pensar não significa nada quanto existir

(Ad solemnitatem)

Leviano e pouco o sentido quando se para a criar um momento irreal. Aquele que dentro de nós, vai criando uma variação de sentimentos, e isso ocorre justo quando estão os olhos abertos. O efeito de ponderar a reflexão de não ter espelho e sentir como pedaços que se partem dentro de cada um de nós. Causando o impedimento da realidade, a que não vivemos ainda, e este rio, chamado ilusão tende-a nos querer derrubar a ponte onde pairamos para contemplar a paisagem de nós. Seja diante das estrelas ou dos altos picos, onde voam as mais belas aves de rapinas. Revenerando o rípio que preenche as rochas grandes, o ritmo do meu coração a bater desfazendo todas as ondas. Sou vitral da alma, que risível torna-me quase intocável, e tenho a sensação de quase não existir. Sou guarda-vento, sonurno a esperar os átrios que tecem a minha história.
É como sou mudo como este canto mudo, numa terra estranha entre mim e o acaso. Onde no mesmo silêncio mortal resplandece o chiar do vento inóspito e mediante às frestas desta casa sem gente para se sentar do meu lado. Sou também o exterior de mim para realizar todas as afeições do meu interior. Desfazendo paradigmas e desvendando os dogmas justo no ato da minha existência, que não sabe ou pode criar sentimentos periféricos, inventando a felicidade. Porque ela não pode satisfazer o silêncio que deseja o corpo, permitindo que a alma solenemente prove e conheça meu coração, fundando meros pensamentos, construindo a engrenagem invisível para que sejam meus passos inteiramente firmes, para que nunca alcance os falsos confins da prodígia realização dos sentidos mortais.

"O que há de mais belo, não é o que os olhos podem ver. Mas sentir a alma, para silenciar os lábios e calar os pensamentos."

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