7 de janeiro de 2018

Ao mover os olhos, me deito a porta de entrada onde há um derradeiro sonho. A roupa ainda molhada por causa da chuva que caía continuamente fazendo-me ter febre assim podendo diminuir a sensação de sentir. A represa do outro lado a encher corriqueiramente levando tuas pequenas ondas sorrateiras para cantos de onde nem se quer o vento sabe  donde vem. Há um terno deslizar sobre diante de todas as coisas ocultas. E me acomodo a parede onde separa a porta de seu portal. O cair do sono sem sonho faz-me viajar no tempo que não vivi! Eu pensava estar morto, pois nada fazia tanto sentido quanto aquela chuva melindra a insistir a molhar todo o piso de cimento queimado. Formando um espelho infinito para o céu que nada pode reparar. Todos os pedaços de mim era como um fogo cerrado a me aquecer gerando o combustível dessa máquina chamada vida. No limiar dessa passagem em que o vento agressivo fazia despencar folhas dos galhos. Eu via  cabeça de medusa em meio àquele antigo jardim de fantasmas reais do passado, que jaz esquecido, deixava apenas a sensação de que tudo não passava de um sonho sem sono.  Caminhava pelos corredores cheios de pétalas mortas, deixando que o perfume do jasmim inibriasse meu ser que de olhos fechados fazia mover todo espaço criando uma nova existência e resistência. Ao me levantar me deitei naquele banco frio onde meu corpo também gelado se misturava ao objeto inanimado. Os bolsos vazios e a visão quase corruptível pela falta de sua percepção. Nada havia, senão eu o jardim e á chuva...

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