Pele, corpo e voz
Nada mais senão;
Corpo e cabeça e saco
Cinza e passos apagados
E tudo além dos olhos
Despercebidos, somente além;
Passos audíveis despercebidos
E ouvidos que nada vêem
Pena do vento invisível
Folha levada e nada mais;
Senão carruagens ósseas
De ventres impuros sem vento
Paralisia do sol amarelo
Sem doenças e nada mais;
Senão energia que faz pensar
Para o saco de ossos não parar
Pensantes olhos de mentes cansadas
Sentimentos adoecidos e adormecidos
E nada mais, senão;
Frio ou calor ou tempo nublado
Só que nada disso satisfaz
Sol sem nuvens céu azul
E além disso, nada mais, senão;
Sacos de ossos andantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário