19 de fevereiro de 2018

(Des-fragmento)

Eu chego e ela se aproxima vagarosamente
Sorrindo me estende a mão
Enquanto ele rodopia no terraço a brincar
É como chutar as pedras para longe
Dali do alto daquela casa, juntos vemos as estrelas
Em meio a uma noite tão cintilante
Que o bendito vento gentil nos aquece
Meu coração se acende como um fogo
Há lenha nesse altar, chamado o mesmo coração
E vai queimando...
Nos deitamos no chão
A contar as incontáveis estrelas
E engraçado que nunca nos cansamos
De vê-las no mesmo lugar
Mas sempre de um modo diferente
Depois nos sentamos e há silêncio
Apenas os lábios que se movem
A criar o mesmo vento a soprar
E esfriar o chá que acalma ternamente
Ela que não gosta de chá, come seus biscoitos
O pequeno Davi se deita e adormece
Ela conta uma história para mim
E eu viajo no intervalo em que deixo de existir
E me noto, uma eterna criança sem sandálias...

O chá das 19:51 com Anna & Davi

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