14 de fevereiro de 2018

Se buscasse eu a forma das rimas, me perderia
Prefiro este inconsciente que me surge e me transforma
Na composição poética imperfeita que faz tudo refletir, surgir
Essa pequena fresta avermelhada que reluz, candeia

Sou a própria percepção dessa estação que chove
Dia de cinza que conta o retrocesso do vitupério
Uma dança secreta dentro do pensamento
Que faz-me bailar a passos largos

Porque assim, tudo logo passa
E como anseio que passe
E eu me torne o tempo
Que me leva além da estação

Conduzir-te-ei além do véu das cinzas
Para deitar-me aos teus seios e adormecer
Abrir os olhos para o horizonte que se desenha
Diante da janela desta casa onde há uma canção

Que toca a menina de laço lilás
E ela realiza a chegada dos dias aos olhos castanhos
Deita a face sobre teu instrumento e adormece tranqüilamente
Faz sonhar a vida por ti e tudo se desfaz

Um caminho que traslado vem surgindo
Porque um dia será reino do sol
E as cortinas declamarão o sossego da varanda lá fora
E a vida vai acontecer sem medo da realidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...