Inóspitos sentidos que deslizam
E desfazem sonidos dos pensares
Estranhezas monumentais e intocáveis
Distantes da existência, faz viver
Sobressaltando astros e sombras
Ruminam antigos mares de ilhas
Vertentes indomáveis que palpitam
Sentidos que fluem águas rasas
Que pisam os pés, faz caminho
Além d'antes do arredor nascente
Fazendo nascer solstício de inverno
Como alto poente do sol impetuoso
Afluente e derradeiro caminho
De sons ensurdecedores
Que movem espaço e tempo
Entre partida e chegada
Como um mundo sem tom
E de cores que não são
Assim desfaz e ressurge
Alto e sublime verso
Para o além do que é
Deixando assim o que foi
Para transformar o segundo
Que sucumbe o instante
Recria a história e desenha o medo
Sentido sem lógica, desmensurado
Que não cabe em nada
E se desfaz feito vento.
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