5 de novembro de 2018

Ode inenarrável

Inóspitos sentidos que deslizam
E desfazem sonidos dos pensares
Estranhezas monumentais e intocáveis
Distantes da existência, faz viver

Sobressaltando astros e sombras
Ruminam antigos mares de ilhas
Vertentes indomáveis que palpitam
Sentidos que fluem águas rasas

Que pisam os pés, faz caminho
Além d'antes do arredor nascente
Fazendo nascer solstício de inverno
Como alto poente do sol impetuoso

Afluente e derradeiro caminho
De sons ensurdecedores
Que movem espaço e tempo
Entre partida e chegada

Como um mundo sem tom
E de cores que não são
Assim desfaz e ressurge
Alto e sublime verso

Para o além do que é
Deixando assim o que foi
Para transformar o segundo
Que sucumbe o instante

Recria a história e desenha o medo
Sentido sem lógica, desmensurado
Que não cabe em nada
E se desfaz feito vento.




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