16 de março de 2019

Chove nitidamente em meu teto
O tremeluzir das gotas sobre as folhas das plantas
Em que a meia luz dão-lhes formas de vislumbres
As cores vibram ao chacoalhar das folhas
O trovejar dos relâmpagos aos ventos do norte
Desassossegam silêncios e declinam andares
Que pelas ruas se perdem ao som dos metais
Os postes imóveis atingidos pela racionalidade mortal
Cega por suas embriaguez e olhares aos corpos que passam
Onde o cego se faz prudente em raciocinar o que pode ver
Não crendo nas superstições, nasce a filosofia
E os homens descem sepulturas na superfície terrena
Sentindo medo daquilo que esquece, não é impressão
O corpo sente e os gestos desconfiados, o detratam 
A alma mórbida não pode respirar e o corpo se enche de gases
O tempo dentro da hora assombram a vida na cidade
A vida marítima teme quando tudo está calmo
A vida no campo se alegra se as comportas se abrem
E desce a chuva sobre teus campos de flores e frutos
Como saúda o sol se assim ele chega pela manhã
Outrora tudo pacífico se ouvia vozes baixas
Que temiam o que dizer, pois havia pensamento lustroso
As pompas entoam a chegada de um espírito superior ao corpo
E uma alma como sentida não mostra beleza em adornos
A ventania que em meio a chuva a leva
Desfazendo-se das cortinas d'água, arrastam as vozes
E causa a sensação de que nada é como pensamos ser
Mas exatamente como vemos, sem intuição
Deixar passar o pensamento, imaginar como foi feito
Porque existe e está ali, diante de vós?
Sabeis que o som da floresta nunca visto, mas percebido
Faz sentir e também imaginar...
Debaixo dessa sombra noturna onde pairo a me sentar
Aquecido pela fogueira confrontada ao vento
Diz-me que não cessa por ventos, nem água...
Porque em outros lugares remotos, ele é mais forte
E debaixo de profundezas marítimas se oculta dos homens
Assim como o leviatan caminha sobre águas profundas
Submergíveis  pelos homens em sua existência 
Que não significa nada pela igualdade de concordância
Em que matam inocentes e iludem mentes fracas

"Leviatan mergulha (profundas-mentes)...
Caça o homem sem vê-lo
E o encontra nas tuas construções
Ilude o sentido da utopia
Os deixando vagar como querem
Até o momento de sua profunda confusão."

O peso das muitas águas não se medem pelos olhos
Mas o pouco que se segura nas mãos, pesam junto a elas
E sobre-tudo que há, inda que não veja
Como passa pelo corpo, há peso ao vento
Como se medem as águas nas suas profundezas
Se não houvesse leis para as chuvas, ela jamais cessaria
E ao ver o vasto céu, se vê nitidamente como se ouve e sente a chuva cair...
Que há um caminho para o relâmpago e os trovões.

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...