20 de março de 2019

(Uni-versos)


De imagens que se desenham na paisagem
Que vemos sem poder transformar
A nos causar o desdém inenarrável
Indescritível ao nos fazer sentir teu realizar 

Uni o que não há senão no verso esquecido
Que erra em estar no pensamento
Até que decifre o que sente no imaginário
Sem emoções, (uni-nos) ao movimento

Realizando o elixir, recria o mundo
Seres e transparências em dogmas
O enriquecer das religiões, sem fim
Superstições quebradas pelas vãs filosofias

Incendeiam as estações que chegam e partem
Como quem nada pode mudar, senão silenciar
E deixar ser, com quem cumpre a jornada
E permite chegar o destino, sem vê-lo antes

Nada repara como quem quer concertar 
O que se define antes de o acontecer
Nada sugere e nem definha, inóspito segundo
E contradiz tudo que é, e tudo desfaz

Num único movimento, silencioso 
Sem cor e forma
Sem sono e sonho
Revira o ponteiro em seu tiquetaquear, (vagarosa-mente)

De um relógio antigo sobre a parede
Que não se move e nem vê
Tampouco diz o que quer sobre sua hora
E nos deixa a (unir-versos)

Preciosidade

Amanhã serei silêncio

Silêncio de um homem cansado  De tentativas errantes Mas que foi feliz ao semear bondade  Um choro reprimido agora partido  Deixo escrito o ...