De imagens que se desenham na paisagem
Que vemos sem poder transformar
A nos causar o desdém inenarrável
Indescritível ao nos fazer sentir teu realizar
Uni o que não há senão no verso esquecido
Que erra em estar no pensamento
Até que decifre o que sente no imaginário
Sem emoções, (uni-nos) ao movimento
Realizando o elixir, recria o mundo
Seres e transparências em dogmas
O enriquecer das religiões, sem fim
Superstições quebradas pelas vãs filosofias
Incendeiam as estações que chegam e partem
Como quem nada pode mudar, senão silenciar
E deixar ser, com quem cumpre a jornada
E permite chegar o destino, sem vê-lo antes
Nada repara como quem quer concertar
O que se define antes de o acontecer
Nada sugere e nem definha, inóspito segundo
E contradiz tudo que é, e tudo desfaz
Num único movimento, silencioso
Sem cor e forma
Sem sono e sonho
Revira o ponteiro em seu tiquetaquear, (vagarosa-mente)
De um relógio antigo sobre a parede
Que não se move e nem vê
Tampouco diz o que quer sobre sua hora
E nos deixa a (unir-versos)