23 de julho de 2019

Caem as folhas enquanto passa o vento
Sobre mim um espaço inestimável
De sombras a descansar a tarde que chega
Passa por mim a borboleta e canta um pássaro

Enquanto no ruído longínquo nada vejo passar
O lago verde e calmo encanta com sua profundeza
Abaixo do sol renascem flores como um ritual
Que não se profana por interesse, e nasce a vida

Com divina claridade e terna sensibilidade
Folhas secas e mortas enfeitam o chão
Que pés pequenos e descalços fazem poesia
E reviram póstumas formações do tempo

Porém, em alta personificação e cuidado
A distanciar profundidade da altura
Entre o fluir que deixa suspensa a partida
Criando finita passagem  que se achega

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