Diriam por mim, que te gosto
E que tudo que não vem de ti
Não tem sentido e nem mesmo cores
Pois tudo corre desordenado senão estás em meu pensar
Diante dos edifícios, de olhos abertos
Nada pode impedir que eu te veja
Como uma nuvem esbranquiçada e leve
Que me trás a chuva depois de um dia de sol
Se os sinos falassem
Diriam que não sou teu, mas te pertenço
Como um sonho a luz do mais lindo luar
Os sons da cidade, são como sinos que me levam a ti
Sinos que apontam as horas e me fazem suspirar
Como a noite para o dia que se finda
Deixando a mais perfeita vista da ida do sol
É como eu mesmo me achego a ti
Por debaixo das pontes, salto abismos
Para alcançar teus braços
E no enredo do teu olhar
Faz-me dançar diante da vida que sem ti, nada é.